dependência química

Dependência química na adolescência: orientações para família

O fácil acesso às drogas lícitas e ilícitas é um dos principais fatores para o aumento no número de adolescentes que sofrem com dependência química. Acima de tudo, a consequente mudança de comportamento do dependente provoca grande impacto no ambiente familiar. Por isso, é necessário que os pais busquem orientação com profissionais especializados no tema. Para ajudar nesse serviço de utilidade pública, preparei este texto com algumas recomendações sobre como lidar com esse problema complexo.

O que é a dependência química?

Antes de tudo, você precisa entender o que é esse problema. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID), são dependentes químicos todos aqueles que são usuários das seguintes substâncias:
  • álcool;
  • alucinógenos;
  • canabinoides;
  • cocaína;
  • estimulantes;
  • hipnóticos;
  • psicoativas e de múltiplas drogas;
  • opioides;
  • sedativos;
  • solventes voláteis;
  • tabaco.
Além disso, para ser considerado um dependente, o indivíduo precisa apresentar 3 ou mais sintomas nos últimos 12 meses. Esses sintomas são estado de abstinência, dificuldade de controlar o desejo de consumir a substância, abandono de atividades corriqueiras, dentre outros.

Orientações aos pais de dependentes químicos

Muitos pais procuram evitar a discussão sobre o tema no ambiente familiar com o intuito de não derpertar o interesse do adolescente pelo assunto. Esse é um erro grave e que pode custar caro às famílias. A orientação familiar é a base que garante a formação do caráter e da personalidade dos filhos. Por isso, é fundamental que todos os temas sejam trazidos para discussão em casa. Por mais que seu filho já tenha se tornado um dependente químico, existem algumas formas de falar sobre o assunto sem gerar conflitos. Veja, a seguir, algumas orientações.

Trate o adolescente com humanidade

Não exclua o adolescente do convívio familiar em razão da dependência. É exatamente nesse momento que ele mais precisa se sentir acolhido e seguro.

Você não é escravo do dependente

O problema da dependência deve ser confrontado e tratado de forma clara. É muito comum que os pais se coloquem à disposição do filho dependente como forma de compensar a doença. Essa atitude deve ser evitada, e o doente deve conhecer as próprias responsabilidades.

Fale com um profissional

É imprescindível que os pais mantenham contato constante com um profissional. Ele é a pessoa mais preparada para orientar, sugerir tratamentos e acompanhar o dependente.

A internação não é uma garantia de sucesso da reabilitação

Geralmente, os pais pensam que o procedimento de internação, por si só, promove a reabilitação do dependente químico. Para que haja sucesso com a internação, o doente precisa aceitar o procedimento e seguir as recomendações da clínica.

Exponha para o adolescente a gravidade da situação

O adolescente em situação de dependência química pode ter dificuldade de compreender a gravidade da situação. Nesse sentido, a família precisa orientá-lo, expor as consequências do vício e se colocar como um porto seguro para o indivíduo que está com o problema. Seguindo essas recomendações, você já estará dando um importante passo no processo de reabilitação da dependência química do adolescente. Porém, é preciso fazer mais que isso. Um profissional precisa ser inserido no convívio familiar para ajudar nessa fase de tratamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder os seus comentários sobre esse assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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