Depressed little boy sitting by the window, wearing surgical mask. During quarantine in COVID-19 coronavirus outbreak there is huge psychical pressure on everybody.
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Depressão na infância e adolescência: como identificar e tratar?

A depressão em crianças e adolescentes é uma doença subestimada devido à diferença na apresentação em comparação com os adultos. Por outro lado, frequentemente vemos episódios depressivos em adolescentes que são queixas, mas não doenças depressivas em si.

Entenda melhor neste artigo!

O que é a depressão?

A depressão clássica é chamada de “colapso nervoso” na linguagem comum e “episódio depressivo maior” na linguagem médica.

Além da tristeza, um dos sinais cardeais da depressão é a perda do prazer e do desejo de viver, o que os psiquiatras chamam de “anedonia”.

A bipolaridade, por outro lado, é outro transtorno do humor, que se caracteriza por uma alternância de episódios depressivos e episódios maníacos.

A depressão é uma doença neurológica do cérebro muito comum. Então, na adolescência, época em que o corpo muda, e em que podem surgir vícios, a vida emocional pode passar por altos e baixos.

É preciso estar vigilante e não confundir: a depressão não designa um simples sentimento ou tristeza passageira, mas uma verdadeira doença neurológica.

De fato, em suas formas mais graves, ela conta com distúrbios no funcionamento de certos circuitos neurais no cérebro.

Sintomas

O principal sintoma é o “humor deprimido” que leva a uma tristeza quase permanente e a uma visão pessimista do mundo e de si mesmo.

Assim, surgem ideias de inutilidade e, às vezes, até desespero. Esse transtorno do humor está associado a uma desaceleração psicomotora manifestada por transtornos das funções intelectuais (“funções cognitivas”). Vale destacar o déficit de memória e distúrbios de concentração e atenção por exemplo.

Além disso, há uma perda de prazer e uma perda de desejo de fazer atividades da vida diária, mesmo aquelas geralmente agradáveis.

Esses sinais ainda podem estar associados a distúrbios do sono, ansiedade, perda de apetite, perda de peso e fadiga, especialmente pela manhã.

Assim, o paciente sofre enormemente e o principal risco desse sofrimento é o suicídio!

Por que temos depressão?

Quando enfrentamos a depressão, frequentemente procuramos explicações e causas, especialmente na vida recente.

Portanto, é comum recorrer a explicações de “bom senso”, como cansaço ou estresse na escola, ou uma experiência emocional dolorosa, como divórcio dos pais ou luto.

Eventos angustiantes da vida estão de fato associados a um risco aumentado de depressão, assim como os traumas emocionais ou sexuais da infância, mas nem todas as pessoas expostas a esse tipo de evento desenvolvem a doença. Além disso, muitas pessoas sofrem de depressão sem motivo aparente.

Diagnóstico da depressão

É muito importante detectar um primeiro episódio depressivo precoce, porque a depressão tratada tardiamente pode ser mais difícil e gerar complicações.

O diagnóstico de depressão em adultos pode ser baseado na classificação de doenças psiquiátricas, considerando os seguintes sintomas:

1. Humor deprimido.

2. Diminuição acentuada no interesse ou prazer.

3. Perda ou ganho de peso ou apetite.

4. Insônia ou hipersonia.

5. Inquietação ou desaceleração psicomotora.

6. Fadiga ou perda de energia.

7. Sentimento de inutilidade ou culpa.

8. Diminuição da capacidade de pensar ou concentrar-se ou indecisão.

9. Pensamentos recorrentes de morte e ideação suicida.

Por outro lado, em crianças e adolescentes, o episódio depressivo pode ser mais ou menos óbvio e 5 sinais exigem atenção:

1. Problemas na escola, com maus resultados que aparecem de repente.

2. Ameaças ou tentativas de fuga.

3. Novo comportamento com outras crianças: retraimento, medo etc.

4. Agressividade ou irritabilidade sem precedentes no contexto das relações familiares.

5. Comportamentos de risco, principalmente entre adolescentes, com o consumo de álcool ou drogas.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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