As pessoas costumam pensar que os transtornos alimentares têm a ver com comida, ou com o peso ou a aparência de uma pessoa. Na verdade, os transtornos alimentares não têm nada a ver com comida. Em vez disso, eles estão relacionados a como uma pessoa se sente sobre si mesma e os eventos que ocorrem em sua vida.
O que você deve saber sobre transtornos alimentares:
- É uma doença que se manifesta com frequência em jovens.
- Não há discriminação de gênero, idade, classe social, capacidade física, raça ou etnia.
- A falta de compreensão e os tabus que cercam esses transtornos podem dificultar a busca de ajuda.
- Pessoas com transtorno alimentar merecem ser tratadas com gentileza e ter o apoio de outras pessoas.
- Você não precisa se culpar se tiver um transtorno alimentar.
- É possível obter ajuda!
Existem diversos transtornos alimentares. Também queremos que você saiba que apenas psicólogos, psiquiatras e médicos podem diagnosticar isso. No entanto, aprender mais sobre esses distúrbios pode ajudá-lo a entender melhor o que está acontecendo com você. Aqui estão algumas características dos transtornos alimentares mais comuns:
1. Anorexia nervosa (ou apenas anorexia)
Pessoas com anorexia geralmente perdem muito peso por terem um controle estrito sobre a quantidade de alimentos que comem. Às vezes, elas têm regras muito específicas em relação à alimentação e exercícios e podem ter uma imagem corporal distorcida.
Elas se consideram acima do peso, embora na realidade estejam abaixo do peso considerado normal para sua idade e tamanho. Não importa quanto peso perdem ou quão magras sejam, elas geralmente pensam que ainda têm um longo caminho a percorrer. Além disso, também têm um medo terrível de ganhar peso.
2. Bulimia nervosa (ou apenas bulimia)
Pessoas que sofrem de bulimia geralmente ingerem grandes quantidades de alimento e depois eliminam a comida ingerida. Elas fazem isso induzindo vômito, tomando laxantes, fazendo exercícios excessivos ou limitando o que comem. Os jovens com bulimia muitas vezes sentem-se fora de controle quando comem e então se sentem envergonhados e culpados.
3. Transtorno de compulsão alimentar
Pessoas com transtorno da compulsão alimentar periódica comem grandes quantidades de alimentos em um período muito curto de tempo. Ao contrário das pessoas que sofrem de bulimia, não a eliminam. Pessoas com transtorno da compulsão alimentar periódica se sentem descontroladas ao comer, o que, por sua vez, leva a sentimentos de vergonha e culpa.
4. Transtorno de alimentação seletiva
Pessoas com transtorno alimentar seletivo tendem a limitar a quantidade e / ou tipo de alimento que comem. É diferente da anorexia porque uma pessoa com esse transtorno geralmente não se preocupa com a forma, o tamanho ou o peso do corpo. Elas podem evitar alimentos que tenham uma determinada textura ou cor. Além disso, podem ter sofrido traumas relacionados à comida, o que pode levar ao medo de comer.
5. Transtorno de comportamento alimentar não especificado
Pessoas que vivem com um transtorno alimentar não especificado podem ter transtornos alimentares que não são ou são diferentes de qualquer um dos transtornos alimentares mencionados acima. Isso não significa que não sejam sérios; esses transtornos ainda podem causar consequências negativas para a saúde.
Quais são os efeitos dos transtornos alimentares na saúde?
Os transtornos alimentares podem ter consequências para a saúde de curto e longo prazo. Por exemplo, restringir sua dieta, comer quantidades excessivas, purgar-se e / ou praticar exercícios excessivamente podem causar:
- tontura ou perda de consciência;
- cansaço ou fraqueza;
- uma queda na temperatura corporal (sempre com frio);
- problemas digestivos ou dores de estômago;
- batimentos cardíacos irregulares;
- dor ou outros problemas dentários;
- diminuição dos glóbulos vermelhos e / ou deficiência de nutrientes importantes;
- cabelo fino e mais!
Além dos efeitos físicos, os transtornos alimentares podem ter consequências negativas para a maneira como você se sente. Esses transtornos também podem ter impacto nos relacionamentos (amigos e familiares). Por exemplo, um distúrbio alimentar pode fazer você querer passar mais tempo sozinho e se isolar da família e dos amigos (especialmente durante as refeições).
Algumas pessoas podem desenvolver um transtorno alimentar como uma reação a desafios em sua vida diária. Coisas como questões familiares, mudanças corporais durante a puberdade, pressão social e estresse podem contribuir para o desenvolvimento de um transtorno alimentar.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde
