Vista como um desequilíbrio comum e em certos casos até como uma qualidade, a ansiedade já desponta como um dos males do século, equiparando-se com a depressão. A doença se caracteriza por sensações negativas como suores e tremores, além de outros efeitos prejudiciais que podem piorar sem o tratamento devido.
Nesse cenário, é fundamental identificar se a ansiedade em questão trata-se de um mal que é comum a todos ou se é de fato uma patologia. No caso de constituir realmente uma doença diagnosticada, a ansiedade e seus extremos de medo e angústia podem afetar até mesmo as tarefas cotidianas mais simples. Acompanhe a leitura para tirar suas dúvidas sobre o problema!
Causas e sintomas da ansiedade
Diante de situações difíceis e/ou que representem perigo, o sentimento de ansiedade é comum às pessoas em geral. Medo de não se sair bem em provas, de não conseguir entregar o trabalho no prazo certo, de não ser bem avaliado pela gerência, de não conseguir pagar as contas do mês… estes são alguns exemplos de situações em que as pessoas normalmente se mostram ansiosas.
Sentir-se ansioso frente a algumas situações é normal e até benéfico (o que seria de nós sem nenhuma ansiedade quando fôssemos atravessar a rua, por exemplo. Na certa seríamos atropelados.)! Esta ansiedade “normal”, porém, pode evoluir para um distúrbio se sair do controle e se tornar extrema. Além de atrapalhar diretamente as atividades cotidianas, há sintomas físicos que ajudam a definir a patologia.
A ansiedade enquanto doença possui vários tipos e definições, sendo as mais conhecidas o Transtorno de Ansiedade Generalizada, a Síndrome do Pânico, a Fobia Social e Fobias Específicas como medo de escuro, aranhas, etc. No transtorno de ansiedade generaliza a pessoa afetada se preocupa demasiadamente com tudo ao seu redor, mesmo que isso não altere sua vida, o que a faz sofrer; na fobia social há pavor na interação social; na síndrome do pânico, as crises de ansiedade levam à alterações físicas, na forma de ataques, onde pode-se sentir taquicardia, falta de ar, sudorese, às vezes náuseas, vômitos, diarréia, entre outros.
Outras doenças também apresentam sintomas de ansiedade patológica, tais como o Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC), o Transtorno de Estresse Pós-Traumático e o Transtorno Fóbico-Ansioso.
A ansiedade está ligada ao sistema neurológico cerebral, onde ocorre o desequilíbrio de substâncias que deveriam ocasionar apenas a ansiedade “normal”.
Alguns indícios podem ajudar a identificar os sintomas da doença, tais como:
- Medos: trata-se do medo inexplicável sobre animais e insetos, de estar diante ao público, no meio de uma multidão e até mesmo de cair de uma grande altura. São medos irracionais, que fogem da mera fobia para ganhar um grande exagero em sua intensidade, tornando a mente incapaz de criar limites;
- Autoconsciência: é uma avaliação excessivamente rígida sobre seu comportamento social, que julga estar sendo inconveniente mesmo sem ainda ter realizado alguma tarefa ou comportamento. Em geral, há a ocorrência de suores, vermelhidão e tremores com a mera possibilidade de eventos sociais;
- Más experiências no passado: uma situação negativa e que tenha marcado sua vida pode desencadear traumas que geram ansiedade. As lembranças do acontecimento podem se tornar recorrentes e dificultar o convívio social;
- Perfeccionismo: geralmente é ocasionado em pessoas que estão em constante pressão profissional e familiar, onde há exigências de sua máxima qualidade. O exagero acaba gerando uma deformidade na avaliação do limite de tal comportamento.
Dentre os sintomas da ansiedade, há os físicos como a insônia, a tensão muscular, dores genéricas como de barriga e de cabeça, falta de ar, taquicardia e o ato de roer unhas. Já os psíquicos são o constante nervosismo, o medo de tudo, falta de concentração, problemas com a realidade, agitação e irritabilidade e sensação pessimista constante.
Tratamentos para a ansiedade
Há pessoas mais predispostas a apresentar sintomas de ansiedade, tais como aquelas que tiveram algum trauma grave, doenças na família, histórico de abuso físico e emocional infantil, depressão, doenças cardiovasculares e respiratórias, abusos de medicamentos, de álcool ou drogas e estresse extremo.
O diagnóstico é dado por um psiquiatra ou psicólogo a partir da análise das crises de ansiedade que se apresentam. Antes, o especialista avalia os sintomas físicos para saber se há outras causas para sua ocorrência.
O tratamento é realizado através de terapias e medicamentos prescritos à base de tranquilizantes e antidepressivos, a depender de cada caso. Vale acrescentar que a psicoterapia cognitivo comportamental tem sido cada vez mais eficaz na cura da ansiedade.
Ao identificar os sintomas, é fundamental que o paciente procure auxílio especializado o quanto antes. A falta de tratamento adequado para o problema pode causar depressão e quadros mais avançados de crises.
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