suicídio

Mitos e verdades sobre suicídio

O suicídio é um assunto muito sério!

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), uma pessoa atenta contra a própria vida com sucesso a cada 40 segundos.

Em números, os suicídios ultrapassam os homicídios em todo o planeta: a cada 365 dias, cerca de 800 mil pessoas cometem o que podemos também chamar de óbito autoprovocado. As taxas são maiores nos países pobres ou em processo de desenvolvimento.

Isso não é tudo. Em uma revisão de casos, a OMS coletou os seguintes dados: dentre as vítimas catalogadas, há pessoas com transtornos de humor, dependência química, esquizofrenia, transtornos de personalidade, transtornos de ansiedade, transtornos mentais orgânicos (disfunções cerebrais permanentes ou não, de causas variáveis), depressão e similares.

Pode-se notar que as pessoas mais atingidas por esse problema são as que ainda convivem com os estigmas que o sofrimento mental pode causar.

A ausência de tratamento e as crenças que rondam a realidade das pessoas diagnosticadas com algum transtorno são algumas das principais causas de suicídio.

Abaixo, listamos mitos e verdades sobre o suicídio, na esperança de auxiliar parentes, amigos e companheiros de pessoas em situação de instabilidade mental, e para conscientizar a todos da importância de cuidar da saúde psicológica. Confira:

Mitos

Um possível suicida não dá indícios

Não é incomum que uma pessoa com tendências suicidas fale sobre o assunto com certa frequência. Isso pode ser interpretado como um pedido de ajuda.

Alterações de humor abruptas, isolamento, diminuição do apetite, perda de peso brusca e alteração do sono também devem ser observados.

Uma pessoa que tentou uma vez não voltará a tentar

A tentativa é o maior fator de risco. Se alguém já tentou se suicidar, é possível que volte a fazê-lo. Apenas com tratamento especializado há diminuição significativa dos riscos.

Tentar cometer suicídio é vontade de chamar atenção

Não é. É indício de sofrimento mental e deve ser considerado. Pessoas que atentam contra a vida podem ter passado por traumas, situações de luto, assédio, violência ou ser acometidas de algum transtorno psicológico.

É preciso compreender que ir contra o instinto de autopreservação não é comum. É sintoma de que algo maior, normalmente oculto, não vai bem.

Verdades

O desejo suicida pode atingir pessoas de todas as faixas etárias e classes sociais

Embora alguns indivíduos estejam mais suscetíveis a problemas de ordem mental, dadas as suas condições sociais ou histórico familiar, é possível encontrar potenciais suicidas em diversos contextos.

Falar com alguém que está pensando em se suicidar sobre o assunto pode ajudá-lo

Falar abertamente sobre um dos maiores problemas de nosso tempo, mesmo para pessoas que têm apresentado desejos suicidas, pode fazer uma enorme diferença. É preciso, no entanto, ser delicado, empático e gentil na abordagem do assunto.

Tratamento psiquiátrico e psicológico podem evitar boa parte dos casos

Dado o fato de que a maioria dos suicidas tem algum transtorno de perturbação mental, o tratamento e o acompanhamento médico podem transformar o seu quadro e diminuir consideravelmente as chances de uma tentativa.

Falar sobre o suicídio pode ser desconfortável para algumas pessoas, mas é primordial para  diminuir os índices atuais e construir uma sociedade mais saudável física e psicologicamente.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde.

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