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Quais os graus do transtorno de espectro autista?

O autismo é uma doença que afeta o funcionamento do sistema neurológico do organismo humano. Suas principais características são a dificuldade de estabelecer relações sociais, dificuldade de comunicação e um padrão comportamental mais fechado. Por isso, é conhecido como transtorno global do desenvolvimento.

Na atualidade, acredita-se que esse problema é adquirido em função de causas genéticas, sociais e biológicas. Por ser crônico, o diagnóstico e tratamento precoce são de extrema importância.

O recurso terapêutico deve ser feito de forma individualizada, com a observação das características específicas de cada caso. Isso é necessário em função de a doença apresentar graus de comprometimento diferentes em cada indivíduo.

Esses graus da doença são conhecidos como espectros de autismo. Diz-se espectros porque tratam dos níveis de acometimento pelos sintomas. Eles vão do leve, conhecido como síndrome de Asperger, até o severo, que requer um acompanhamento maior e multidisciplinar.

Os estudos atuais consideram três graus do transtorno. Este artigo apresenta quais são e suas características. Entenda melhor sobre os graus de espectro autista.

Grau leve ou de Asperger

Os primeiros sinais do autismo podem ser identificados ainda cedo, entre os 2 e 3 anos. Em geral, o que aponta a doença é a dificuldade de interação e comunicação, ainda na primeira infância.

Diante dos sintomas, muitos pais buscam um diagnóstico que nem sempre é simples, uma vez que o problema se manifesta de diferente forma em cada indivíduo. Isso quer dizer que a forma como o espectro autista se manifesta é variável. Sua variação mais leve é a síndrome de Asperger.

A síndrome de Asperger se caracteriza pela ocorrência de padrões de comportamento como dificuldade de interação, descoordenação física e movimentos repetitivos. No entanto, nesse nível do espectro, há desenvolvimento da inteligência e da linguagem, tornando a criança um pouco mais independente do que o autista no nível moderado.

Grau moderado

Nesse grau de intensidade, a criança ou adulto precisa de um pouco mais de apoio do que o indivíduo com a síndrome de Asperger. Nota-se acentuada dificuldade de interação social e de comunicação verbal e não verbal.

No espectro moderado do autismo, o comportamento é pouco flexível. O indivíduo se estressa facilmente e tem dificuldade de fazer coisas que fujam da rotina. Percebe-se nesse nível mais intensidade nas atitudes repetitivas.

Grau severo

O indivíduo acometido pelo grau severo do autismo apresenta um nível alto de dependência do outro. Além disso, há grande prejuízo na comunicação, não havendo busca por interação social. Muitos conseguem desenvolver uma capacidade de ter raciocínios brilhantes, tornando-se notáveis físicos e matemáticos.

Para que as crianças ou adultos com grau severo de autismo tenham a oportunidade de ocupar os espaços sociais necessários para que tenham seu talento reconhecido, o tratamento específico é fundamental.

Cada espectro do autismo deve ser tratado de forma diferenciada, assim como cada quadro deve ser tratado de forma ímpar. O autismo é diferente de pessoa para pessoa.

 

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