Muitas pessoas confundem o sofrimento mental com os transtornos psiquiátricos. O sofrimento mental comum, como o problema é conhecido na área da psiquiatria, trata de sensações como ansiedade, tristeza e somatizações que não chegam a configurar um transtorno mental.
Para explicar melhor a diferença, pode-se considerar o exemplo de uma mulher que se sente irritada em função de estar sobrecarregada pelo excesso de tarefas do seu cotidiano. Repentinamente, passa a apresentar uma doença física sem causa aparente. Esse quadro pode e deve ser analisado a partir da perspectiva da somatização em função de um desgaste emocional.
O sofrimento psíquico é uma desordem emocional que pode ser progressiva. Ela pode ser observada mais claramente em situações que envolvam perda, luto e dificuldade profissional.
A persistência de emoções como a tristeza e a frustração pode desencadear desequilíbrios químicos no organismo que causam transtornos mentais mais sérios, como a ansiedade generalizada e a depressão.
Uma complicação que contribui para a manutenção do quadro é a vergonha que algumas pessoas têm de procurar ajuda, por considerar uma fraqueza não administrar suas próprias emoções.
Neste artigo, aborda-se um pouco mais sobre esse problema tão comum e, ao mesmo tempo, invisível.
Como identificar o sofrimento mental?
Ficar triste de vez em quando é normal. Permanecer triste não é. A permanência e progressão de emoções como tristeza e nervosismo é característica de um quadro de sofrimento mental comum. O termo comum, nesse sentido, quer dizer que é um tipo de desequilíbrio emocional que atinge um número considerável de pessoas.
A maioria delas, por questões morais, não buscam ajuda, o que pode ser considerado um grande equívoco. A manutenção do estado de tristeza pode desencadear depressão. Assim como a conservação do estado de ansiedade pode ocasionar crises de pânico.
Para administrar essas emoções que insistem em não ir embora, conheça, a seguir, os caminhos possíveis.
O que fazer diante do problema?
Se um estado emocional perturbador não pode ser administrado pela própria pessoa, é o momento de procurar ajuda. O tratamento para esses estados dolorosos pode estar em medicação específica e terapias de apoio.
Buscar caminhos terapêuticos para lidar com as emoções que já fugiram do controle não é sinal de fraqueza. É uma forma de reconhecer e olhar de frente para o problema, buscando uma maneira de seguir a vida normalmente. Quem já passou por um quadro de tristeza prolongada ou excesso de preocupação constante conhece a recompensa de poder viver em paz com os sentimentos.
O sofrimento mental pode parecer um problema de fácil controle. Algumas pessoas conseguem força para vencer essa perturbação apoiando-se em amigos, familiares e em práticas que lhes tragam prazer. No entanto, se essa opção não for suficiente para reverter o problema, o melhor caminho é consultar um médico especializado.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!