É natural sentir um pouco de vergonha ao falar para uma grande plateia. Muitos oradores enfrentam um pouco de medo ou nervosismo quando iniciam uma palestra. No entanto, para algumas pessoas que sofrem de fobia social essa situação pode se transformar em um momento atormentador.
Em geral, o frio na barriga ao se apresentar em público faz parte da rotina de vários profissionais que usam a imagem e a oratória para seu ofício. Por experiência, essas pessoas conseguem controlar e administrar as emoções ao longo das apresentações.
Alguns indivíduos, porém, não conseguem exercer esse controle em ocasiões similares. São acometidos por sensações intensas de medo e pânico diante do contato com o outro.
É comum confundir fobia social com timidez. No entanto, elas são diferentes. Quando precisa fazer uma apresentação de projeto ou conhecer uma pessoa nova, a pessoa com fobia começa a ter sintomas como tremor, tontura, boca seca, coração disparado e, em casos mais severos, ataque de pânico com a sensação de que vai morrer.
Esse problema, que ainda não tem causa definida, é considerado pela medicina como um transtorno comportamental. Há estudiosos que relacionam a causa a fatores ambientais, familiares ou traumas.
Cada caso deve ser observado de forma individualizada. O transtorno pode ser acompanhado de outros quadros como o de ansiedade generalizada e depressão.
A fobia social pode parecer um problema de saúde pequeno, no entanto, é extremamente limitante em aspectos fundamentais da vida, como nas relações pessoais e na vida profissional.
Conheça, a seguir, três possibilidades de tratamento para a fobia social.
Tratamento medicamentoso
O medo do julgamento do outro é a raiz da questão para as pessoas acometidas de fobia social. Essa emoção pode ter relação com o histórico de vida, hereditariedade, contexto social, entre outros fatores, que devem ser observados a partir da anamnese do paciente, feita por um médico psiquiatra.
A partir daí, é possível que o tratamento seja feito com administração de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos que favoreçam as funções mentais relacionadas à autoestima, à segurança e à tranquilidade.
Combinação de medicamentos e psicoterapia
Em muitos casos, a psiquiatria e a psicologia atuam juntas para otimizar os resultados do tratamento de uma série de transtornos mentais. No caso da fobia social, essa parceria é altamente recomendada.
Além da administração dos medicamentos que ajudarão o indivíduo com suas emoções, as sessões de psicoterapia podem auxiliar na compreensão de causas e comportamentos típicos desse quadro.
Há uma série de abordagens terapêuticas utilizadas para o problema, como por exemplo, a terapia cognitiva comportamental (TCC), que ajuda o indivíduo a reconhecer um pensamento negativo e ressignificá-lo, com o objetivo de melhorar a forma como lida com as emoções em sua vida.
Medicamentos, psicoterapia e práticas cotidianas de apoio
Além das duas possibilidades de tratamento abordadas anteriormente, a associação delas a atividades cotidianas que ajudem o doente no seu esforço contra o medo e o desespero pode ser o melhor caminho terapêutico para o transtorno, em alguns casos.
Entre as atividades de apoio que devem ser realizadas no dia a dia de quem sofre fobia social estão a prática de atividades físicas coletivas regulares, dieta equilibrada com restrição de cafeína e álcool, reuniões de grupos de apoio e preparação prévia para enfrentar situações que possam desencadear os sintomas.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!