excesso cuidados com o corpo

Quando o excesso de cuidados com o corpo precisa de tratamento?

É cada vez maior a quantidade de pessoas que estão aderindo a um modelo de vida menos sedentário, com a prática de atividades físicas adequada ao gosto e à rotina de cada um e sendo complementadas com uma atenção especial à alimentação, além da realização de procedimentos estéticos e médicos. Todas essas iniciativas são importantes aliadas para que as pessoas se sintam melhores, alcancem o bem-estar e, principalmente, fiquem com a saúde em dia.

Porém, existe uma linha tênue entre a busca de uma rotina saudável e o excesso de cuidados com o corpo, um fato que pode se tornar um problema e demandar tratamento especializado. 

Distúrbios causados pelo excesso de cuidados com o corpo

A busca pelo corpo bonito, algumas vezes, se transforma na porta de entrada para o desenvolvimento de problemas de cunho psicológico e, também, físicos. Por isso, é fundamental que se tenha a noção de quando o estilo de vida adotado está afetando a saúde de cada um.

Entre os quadros que podem se desenvolver, estão os seguintes.

Transtorno dismórfico corporal

Esse distúrbio é caracterizado pelo comportamento da pessoa em acreditar que tem uma imperfeição física em seu corpo. Normalmente, esse defeito não existe, ou é algo leve que não compromete a aparência. Esse fator faz com que a vítima do transtorno se compare com os outros, se arrume compulsivamente e fique durante longos períodos se olhando no espelho. 

Vigorexia

Também classificada como dismorfia muscular, a vigorexia é um problema que faz com que a pessoa crie uma obsessão para alcançar um ideal de corpo perfeito que, diversas vezes, não é real. Por não conseguir chegar ao perfil desejado, o paciente acaba desenvolvendo outros transtornos psicológicos, como ansiedade exagerada, baixa autoestima, depressão, entre outros. 

Sintomas e diagnóstico

O transtorno dismórfico corporal possui diversos sintomas. Um dos principais é a recorrência da fala do paciente descrevendo partes do corpo como problemáticas, feias, deformadas etc. É comum o uso de adjetivos que desmerecem a própria aparência. 

Além disso, as vítimas do transtorno ficam longos períodos do dia olhando-se no espelho e preocupadas com os defeitos físicos que acreditam ter. Também é comum que se arrumem excessivamente e de forma compulsiva, e, em casos extremos, se submetam a procedimentos cirúrgicos para tentar corrigir as imperfeições que pensam ter. 

Já a vigorexia tem como sintomas a insatisfação constante com o próprio corpo, ansiedade, baixa autoestima, depressão, lesões musculares, cansaço, irritabilidade e percepção irreal de si mesmo. 

O diagnóstico dos dois distúrbios é feito por um profissional da área psiquiátrica mediante a análise do relato do paciente. A partir da averiguação de como a preocupação com o corpo afeta a rotina da pessoa, será possível atestar se existe um problema de saúde.

Tratamentos para os distúrbios

Como os dois transtornos possuem ligação com a parte psíquica do paciente, o tratamento em ambos os casos é feito por meio de terapias comportamentais com foco na aceitação de sua aparência, retomada da autoestima, autoaceitação, diminuição do estresse, da ansiedade e de pensamentos depressivos, entre outros. Em casos mais complexos, pode ser necessária a utilização de medicamentos de uso controlado.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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