Compreender e aceitar a morte é um grande desafio para a humanidade. Quando se trata, então, da própria extinção, o ser humano é incapaz de encarar. Estudos mostram que a idade é um fator crucial para tal entendimento: quanto mais velha a pessoa, com mais naturalidade ela encara e assimila o assunto. E quando a morte parece estar perto e pode chegar a qualquer momento? Pacientes com doenças terminais sofrem dilemas e angústias que necessitam de atenção médica psiquiátrica.
Neste post, descobriremos mais sobre isso. Confira!
O que são doenças terminais?
O paciente terminal é aquele que está extremamente debilitado e que não existe mais tratamento que possa proporcionar a recuperação. Geralmente, é utilizado para pessoas aqueles que possuem abaixo de seis meses de vida ou que o organismo não correspondeu a nenhum tratamento para a doença.
Nesses casos, a morte se torna tão evidente que é preciso fazer com que o paciente e sua família compreendam o momento e consigam aproveitar o tempo que lhes resta.
Cuidados paliativos
É chamado de cuidado paliativo a assistência que é dada aos portadores de doenças terminais. O objetivo dessa assistência é proporcionar qualidade de vida por meio da prevenção e alívio do sofrimento causado pela enfermidade.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, tais cuidados “consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”.
Cada paciente recebe cuidados paliativos diferentes, que dependem da doença, do estágio e da condição de cada um.
Qual a atuação da psiquiatria no apoio a pacientes terminais?
A psiquiatria tem um papel muito importante no cuidado ao paciente terminal e sua família. Cabe a ela tratar a saúde mental do paciente e, também, de sua família, que podem apresentar sintomas de ansiedade, estresse e depressão.
Os cinco estágios da morte
A psiquiatra suíça Elisabeth Kubler-Ross foi pioneira no tratamento de pacientes em estado terminal. Ela é autora do livro “Sobre a morte e o processo de morrer” em que propõe que pacientes terminais tendem a apresentar um estado de autodepreciação e, por isso, precisam se apoiar em conceitos de compreensão de sua situação.
Para isso, ela apresenta os cinco estágios da morte, que são utilizados amplamente para a associação e entendimento de perda, luto e tragédias.
O primeiro estágio é o da negação, que aparece no paciente como uma forma de defesa. A raiva é a etapa seguinte. É o momento em que o paciente se torna agressivo por causa da iminência da morte. A raiva é usada, às vezes, para externar os sentimentos, podendo funcionar como uma válvula de escape.
O próximo estágio é o da barganha, em que ocorrem promessas a Deus e a si mesmo. A fase da depressão surge quando o paciente toma consciência de seu real estado. A última fase se trata da aceitação. Nela há estabilização emocional e o paciente está pronto para enfrentar o que está por vir.
As fases não seguem necessariamente essa ordem. Além disso, o paciente pode viver apenas algumas ou viver mais de uma, repetidas vezes. Diante desse cenário, cabe ao psiquiatra auxiliar os pacientes de doenças terminais a lidarem com o momento, assim como mostrar que é necessário aproveitar o tempo de vida que ainda resta.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!