Transtorno alimentar

Transtorno alimentar na adolescência: como identificar e tratar?

O transtorno alimentar na adolescência está relacionado a uma série de fatores, como ansiedade, pressões sociais, estresse, redes sociais, entre outras causas. São caracterizados por distúrbios dos hábitos alimentares e provocam danos à saúde. Pessoas que sofrem com a depressão, compulsão e transtorno obsessivo-compulsivo estão mais propensas ao desenvolvimento de transtornos alimentares. Além disso, algumas condições de saúde também estão associadas ao surgimento do distúrbio, como questões socioculturais, hormonais ou genéticas. Em geral, os pacientes apresentam alguns comportamentos padrões, como:
  • Culto excessivo ao corpo;
  • Má alimentação;
  • Deturpação de sua imagem corporal;
  • Baixa autoestima;
  • Sentimento de culpa;

Tipos de transtorno alimentar

Os transtornos alimentares podem ser classificados conforme sua natureza. Os mais comuns são:

Anorexia

Pessoas que sofrem deste tipo, apresentam grande perda de massa corporal e Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 17,5. O emagrecimento é causado pela restrição alimentar, atividades físicas em excesso e técnicas purgativas, como provocar vômitos e utilizar laxantes ou diuréticos.

Bulimia

Na bulimia, o paciente sofre episódios pontuais de intensa comilança durante a semana, seguidos por episódios de prolongados jejuns ou atividades físicas intensas para compensar. Geralmente, são utilizadas técnicas purgativas como compensação aos episódios de alimentação excessiva.

Hipergafia

É o aumento no consumo de alimentos, provocado por algum evento traumático. Como resultado, a pessoa que sofre com o transtorno apresenta grande aumento de peso e obesidade, além de impactar negativamente na autoestima e na autoconfiança.

Transtorno da compulsão periódica (TCAP)

É a compulsão por comer, semelhante à bulimia, porém, não utiliza métodos alternativos para a perda de peso, como a indução do vômito e ingestão de laxantes.

Transtorno obsessivo-compulsivo (TOC)

Há forte compulsão alimentar envolvendo pensamentos incontroláveis, repetitivos e persistentes. A comida proporciona um sentimento de prazer e alívio. Mesmo ciente de que seus atos são prejudiciais, a pessoa não consegue dominá-los.

Vigorexia

É o culto ao corpo musculoso e atraente, segundo a crença da pessoa que sofre com o distúrbio. Envolve treinamento físico obsessivo e alimentação focada na manutenção do corpo, incluindo o uso de anabolizantes.

Outros transtornos alimentares não especificados

Este grupo inclui outros distúrbios menos comuns, como o transtorno de ruminação, síndrome de Prader-Willi, Pica e ainda distúrbios que não são classificados pelo DSM-V por não possuírem critérios claros para a classificação.

Diagnóstico, sintomas e sinais de alerta

Testes de comportamento são utilizados para o diagnóstico do transtorno alimentar. Alguns ainda são controversos e é preciso uma análise apurada dos sintomas. Alguns sinais de alerta são utilizados para balizar a decisão do profissional, como:
  • Emagrecimento espontâneo;
  • Cuidado excessivo com o corpo e com a alimentação;
  • Alterações de humor e agressividade;
  • Atividades físicas em excesso;
  • Vômitos e uso de laxantes;
  • Falta de apetite.

Qual o tratamento adequado para o transtorno alimentar?

O tratamento mais adequado envolve uma equipe multidisciplinar para que o paciente alcance um peso adequado e diminua a influência dos fatores psicológicos. Além disso, o uso de medicamentos psicotrópicos, como antidepressivos e anticonvulsivante é importante para a efetividade das ações. Em alguns casos, como a obesidade mórbida, é preciso uma intervenção cirúrgica, caso o especialista acredite ser a melhor saída para a redução do peso. Além disso, o tratamento do transtorno alimentar na adolescência visa acompanhar a evolução dos sintomas e prevenir as patologias associadas que podem surgir. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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