O transtorno conversivo, ou distúrbio de conversão, é uma prova real de que quando a mente sofre, o corpo padece. Afinal, trata-se de uma condição caracterizada pela presença de sintomas e deficit neurológicos que se desenvolvem de forma inconsciente e involuntária, afetando as funções motoras ou sensoriais. Embora se manifeste fisicamente, as origens do transtorno conversivo têm relação com fatores mentais, como o estresse e a somatização. Esse tipo de transtorno costuma se desenvolver entre o final da infância e início da vida adulta, mas pode acometer pessoas de todas as idades. A maior incidência é em mulheres. De fato, o transtorno conversivo é três vezes mais comum em pessoas do sexo feminino. Quer saber mais sobre o transtorno conversivo? Leia o texto e entenda melhor.
Causas de transtorno conversivo
O distúrbio de conversão, como mencionei anteriormente, é um transtorno no qual as pessoas reportam sintomas que não possuem uma explicação física, embora ocorram diversas manifestações no corpo, como alterações nos movimentos, na sensibilidade e, até mesmo, apagões ou tremores convulsionais. As causas do transtorno conversivo são geralmente psicológicos. Só para exemplificar, situações demasiadamente estressantes, problemas emocionais ou distúrbios mentais, como ansiedade generalizada ou depressão podem desencadear a condição.
Sintomas desse distúrbio
Os sintomas de transtorno conversivo podem incluir:
- tremores;
- convulsões;
- alteração da consciência;
- maneirismos anormais dos membros;
- equilíbrio prejudicado;
- problemas de coordenação;
- fraqueza;
- paralisia do braço ou da perna;
- redução da sensibilidade em partes do corpo;
- cegueira;
- surdez;
- afonia;
- visão dupla;
- dificuldade de deglutição;
- retenção urinária, entre outros.
Vale ressaltar que os pacientes podem ter apenas um episódio curto de transtorno conversivo ou vários episódios esporádicos. Em alguns casos, esse tipo de transtorno psíquico pode se tornar crônico.
Diagnóstico do transtorno de conversão
Como as manifestações do transtorno conversivo são similares aos sinais de outros quadros de saúde, é importante fazer o diagnóstico diferencial com base em análise dos sintomas e histórico clínico do paciente. Além disso, exames complementares de laboratório e imagem auxiliam no na exclusão de outros transtornos de ordem física como causa. A investigação deve ser cuidadosa, a fim de evitar confusão no diagnóstico e descartar outros problemas, a exemplo das doenças neurológicas. O diagnóstico correto é essencial para orientar o tratamento da forma adequada.
Tratamentos possíveis
O tratamento do transtorno conversivo geralmente é multidisciplinar. Um dos pilares é o acompanhamento psiquiátrico, fundamentado no relacionamento médico-paciente transparente, confiável e consistente. A participação de um bom neurologista também é bem-vinda, uma vez que essa condição gera reflexos motores. A abordagem terapêutica quando há cronicidade ou repetição dos episódios inclui terapia cognitivo-comportamental e normalmente apresenta excelentes resultados. Por outro lado, quando a crise conversiva é pontual e não se repete, o quadro é autolimitado e pode regredir espontaneamente. Ainda assim, o ideal é buscar suporte especializado para analisar o caso individualmente. Quer saber mais sobre transtorno conversivo? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em Lucas do Rio Verde!
