antidepressivo

O que fazer quando o antidepressivo não funciona?

A depressão, considerada por especialistas como o mal do século XXI, atinge mais de 4% da população mundial, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Um importante aliado no tratamento do transtorno é o antidepressivo. Sua função é agir no sistema nervoso, normalizando o fluxo de neurotransmissores. Mas, o que fazer quando o medicamento não está fazendo efeito? Vamos responder a esta pergunta neste artigo. O Brasil é o país latino-americano com maior incidência da doença. Mais de 5% dos brasileiros sofrem com os sintomas da depressão, que vão desde alterações no sono, perda de apetite, sensação de melancolia à prostração, além de perda de interesse por atividades do dia a dia.

Principais causas de insucesso do antidepressivo

Entre os fatores que podem resultar na ineficácia do antidepressivo está a forma como cada organismo reage ao medicamento. A maneira como as substâncias são metabolizadas pelo fígado pode variar de indivíduo para indivíduo, influenciando na resposta ao uso dos fármacos. A existência de doenças associadas, como, por exemplo, transtorno bipolar, distúrbios ligados à tireoide e dores crônicas, também podem comprometer o tratamento. Além de fatores genéticos, o êxito do tratamento pode estar associado a fatores externos. A ingestão de alimentos ricos em gorduras e açúcares, o uso de álcool, drogas, bem como o sedentarismo podem influenciar no funcionamento dos antidepressivos. Em alguns casos, a resposta ineficaz do organismo aos remédios pode ser justificada pela baixa aderência do paciente ao tratamento. O medo de possíveis efeitos colaterais, da dependência ou mesmo o preconceito em relação à doença fazem com que muitos pacientes descumpram as orientações médicas. Em alguns casos, o paciente chega a interromper o uso dos fármacos por conta própria ou ingerir dosagens diferentes da prescrita.

Estratégias para eficácia do antidepressivo

Com o apoio do seu médico de confiança é possível traçar estratégias e aumentar as chances de sucesso do tratamento contra a depressão, quando a resposta aos medicamentos não acontece da forma esperada. Uma das ferramentas disponíveis no mercado é o teste farmacogênico, que consiste na análise do DNA do paciente. O procedimento pode ser realizado por meio da coleta de amostras de saliva, de mucosa bucal ou de sangue. O objetivo é identificar, de forma individual, quais os remédios mais adequados para cada indivíduo e se há intolerância a alguma substância. Há também tratamentos não farmacológicos, ou seja, quando não há o uso de remédios. A eletroconvulsoterapia (ECT) e a Estimulação Magnética Transcraniana (EMT) estão entre as terapias que podem auxiliar no combate à depressão, quando a resposta aos fármacos não é positiva. Vale ressaltar que hábitos saudáveis também são essenciais para o sucesso no tratamento de doenças de diversas naturezas, incluindo a depressão. A introdução de atividade física na rotina do paciente, aliada a uma alimentação balanceada, pode resultar em melhoras significativas da resposta ao tratamento. A participação e apoio de familiares também são decisivos. É importante lembrar que o diagnóstico e a indicação de tratamentos para a depressão devem ser feitos por médicos especialistas. Existem estratégias de aumento da eficácia de medicamentos que só profissionais da Psiquiatria têm conhecimento. Por isso, ao perceber que o seu antidepressivo não está fazendo efeito, procure um médico de confiança. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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