Depressão bipolar

Depressão bipolar: entenda este transtorno

Já ouviu falar em depressão bipolar? Segundo a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), estima-se que a doença atinja mais de 5% da população mundial. No Brasil, os números chegam a 2%, o que significa que quatro a seis milhões de brasileiros sofrem com os sintomas da doença. Diferentemente da forma mais comum do transtorno, conhecido como unipolar, a depressão bipolar é marcada pela alternância de ciclos de extrema euforia e momentos de tristeza profunda. Entre os fatores de atenção relacionados a esse transtorno mental está o alto índice de suicídio – o número de casos é duas vezes maior em pacientes em estágio grave de depressão.

Transtorno bipolar associado à depressão

No transtorno bipolar, existe a incidência de episódios de euforia e tristeza. Na primeira fase, é comum que o paciente se comporte de forma hiperativa, com aumento anormal do volume de atividades desenvolvidas. Outro sintoma que pode ser observado é o excesso de otimismo, autoestima e excitação. Já os episódios de depressão são semelhantes aos do tipo unipolar da doença. Nessa fase, o paciente pode sentir um cansaço extremo, se queixar de diminuição ou aumento do apetite, com grande ganho ou perda de peso, além de sonolência excessiva. Pacientes com transtorno bipolar também costumam ter reações desproporcionais, com mudanças bruscas de humor e, em alguns casos, podem apresentar comportamento agressivo. A depressão bipolar, forma ainda pouco conhecida da doença, é registrada quando pacientes com transtorno bipolar passam também a sofrer com a depressão. A diferença entre a depressão bipolar e a unipolar é que, no primeiro caso, o paciente precisa conviver com alterações bruscas de duas variáveis do humor: tristeza e alegria. É importante lembrar que nem todos os pacientes com transtorno bipolar manifestam sintomas da depressão. Mas, quando as doenças estão associadas, é preciso que haja ainda mais atenção, com acompanhamento médico periódico.

Como identificar a depressão bipolar?

Segundo especialistas, pacientes bipolares podem levar até dez anos para receber o diagnóstico correto, sendo comumente tratado apenas quanto à depressão. Uma das formas de identificação do transtorno é o diagnóstico por exclusão, que consiste na investigação de doenças com sintomas semelhantes. Por meio de exames, como o de imagem, o médico verifica se algum outro fator poderia ser o responsável pela manifestação dos males relatados pelo paciente. Depois de eliminadas as chances da doença estar presente, com sintomas similares ao do transtorno, fica confirmado ou não o diagnóstico de bipolaridade. A participação familiar também é de extrema importância, já que muitos pacientes não costumam relatar os episódios de euforia, se concentrando nas fases em que há predominância de melancolia e tristeza profunda.

Tratamento da depressão bipolar

O diagnóstico correto é essencial para o sucesso do tratamento de pacientes com a doença, já que a medicação utilizada para combater a depressão e a bipolaridade é diferente. Em alguns casos, o uso de antidepressivos pode agravar os episódios de euforia, sendo indicada a utilização de estabilizadores de humor, combinados com antipsicóticos. Porém, para que o diagnóstico e o tratamento sejam feitos de maneira assertiva, é importante procurar um médico de confiança. Quer saber mais sobre depressão bipolar? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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