entenda o que é o pânico

Entenda o que é o pânico

Se cada século é caracterizado por um tipo de mal que atinge a saúde de milhões de pessoas, o século XXI é a era das  doenças e transtornos psiquiátricos. E não fazemos essa afirmação sem nenhuma base. Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde, cerca de 18 milhões de brasileiros convivem com algum tipo de transtorno de ansiedade. Este é um número bastante assustador, se levarmos em consideração que este número representa quase 10% da nossa população.

Dentre esses transtornos, neste artigo iremos abordar um específico, que não pode ser considerado como aquele mais falado, mas que vem ganhando cada vez mais destaque devido ao seu alto índice de incidência: o pânico.

Pânico: caracterização do transtorno

O pânico é encarado como um transtorno da ansiedade pois tem origem na mesma. Mas não deve ser confundido com a ansiedade normal, que ocorre em algum momento na vida de todos nós.

A ansiedade que causa o pânico é considerada patológica, ou seja, caracteriza-se como uma preocupação excessiva por parte do indivíduo acometido. Isso pode gerar extremo sofrimento devido à antecipação de situações de perigo que não são reais.

Dessa forma, o pânico é entendido como crises de desespero intenso quando não há nenhum fator de perigo aparente. Essas crises geralmente duram cerca de 10 minutos e deixam a pessoa afetada com a impressão de que algo ruim irá acontecer.

Isso se deve principalmente aos sintomas que a pessoa experimenta durante as crises, que podem incluir:

  • tremores;
  • suor em excesso;
  • medo de perder o controle;
  • medo de morrer;
  • sensação de não estar vivendo a realidade;
  • taquicardia (coração acelerado);
  • formigamento dos membros e face;
  • dificuldades para respirar (sensação de falta de ar);
  • hiperventilação (respiração muito rápida);
  • ondas de calor;
  • tontura;
  • dores no peito e/ou no abdômen;
  • dor de cabeça;
  • calafrios, entre outros.

Causas e tratamento

A primeira crise de pânico é comum entre jovens de 15 a 20 anos, e atinge mais as mulheres. Esse primeiro pico se deve principalmente ao uso de medicamentos, como os corticóides e a grande maioria das anfetaminas (também utilizadas por pessoas que desejam perder peso). As drogas ilícitas estimulantes do sistema nervoso, como o êxtase e a cocaína, também tornam as pessoas mais propensas a apresentar o distúrbio. Embora nesta idade seja frequente iniciar os sintomas, atualmente a doença ocorre em qualquer idade e sob quaisquer circunstância.

Um dos pontos positivos para o tratamento do pânico é que, ao contrário da grande maioria dos transtornos associados à ansiedade, possui diagnóstico relativamente simples. Em cerca de 60% dos casos, é necessário o uso de medicação antidepressiva. No entanto, a forma mais eficaz do tratamento é a combinação da medicação com a terapia comportamental. A terapia é importante pois ela expõe o paciente a situações de risco, fazendo com que crie estratégias para lidar com situações de estresse e ansiedade intensas, gatilhos das crises de pânico.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde.

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