A tensão pré-menstrual (TPM) faz parte do cotidiano das mulheres, provocando alguns desconfortos. Já o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é uma condição mais grave e que pode causar grandes alterações no comportamento feminino.
Você já ouviu falar nesse transtorno? Neste post, iremos explicar tudo o que você precisa saber sobre ele. Então, continue a leitura.
O que é o Transtorno Disfórico Pré-Menstrual (TDPM)?
Trata-se de uma versão mais intensa da síndrome pré-menstrual (SPM) ou TPM, como é conhecida. A TDPM é classificada como um transtorno depressivo e que afeta cerca de 8% das mulheres em idade reprodutiva.
Ainda, o transtorno disfórico pré-menstrual é cíclico, ou seja, surge quase todos os meses no período que antecede à menstruação. Por isso, costuma ser muito confundido com a tensão pré-menstrual.
Porém, diferente da TPM, a TDPM é um quadro com aspecto mais emocional, severo e até grave o bastante para interferir nas atividades rotineiras e profissionais. Embora seja angustiante, o transtorno é muitas vezes subdiagnosticado.
Quais são os sintomas?
Os sintomas do transtorno disfórico pré-menstrual são, em sua maioria, semelhantes ao da tensão pré-menstrual. No entanto, as alterações de humor são mais intensas e debilitantes, sendo capaz de afetar o convívio social da paciente. Entre os sintomas mais comuns, podemos citar:
- alto nível de ansiedade ou tensão;
- hipersensibilidade, com a sensação de que está “à flor da pele”;
- instabilidade emocional, com mudanças de humor extrema ou crises de choro;
- irritabilidade;
- humor deprimido, causando tristeza e desesperança;
- pensamentos suicidas e autodepreciativos;
- dor de cabeça;
- inchaço no corpo;
- dificuldade para dormir.
Ainda, esses sintomas tendem a surgir entre 2 a 10 dias antes da menstruação, desaparecendo por completo alguns dias após o início do fluxo menstrual. O diagnóstico é confirmado pela repetição desses sintomas por, pelo menos, dois ciclos menstruais consecutivos ou quando prejudica o relacionamento social da paciente.
Como é causado?
Embora não esteja claro o que causa o TDPM, há uma maior sensibilidade das pacientes às alterações nos níveis do estrogênio e da progesterona, que são os hormônios reprodutivos femininos.
Em razão dessas mudanças hormonais, há uma diminuição nos níveis dos neurotransmissores, substâncias químicas do cérebro responsáveis por regular o humor. Ainda não há uma explicação para a causa dessa hipersensibilidade, mas sabe-se que está relacionada à predisposição genética da paciente.
Quais são os tratamentos disponíveis?
Por ser considerado um tipo de depressão cíclica, o tratamento do transtorno é específico e baseado no controle dos sintomas. Como há uma grande variação na forma como cada paciente manifesta os sintomas, o tratamento é individualizado.
Geralmente, o uso de medicamentos, como antidepressivos e contraceptivos orais, e a psicoterapia, principalmente a terapia cognitivo-comportamental (TCC), são eficientes para melhorar o humor da paciente e aliviar os seus sintomas.
Ademais, para promover a saúde mental da mulher, recomenda-se a mudança dos hábitos alimentares e a prática de atividades físicas. Assim, há um fortalecimento do sistema imunológico e a redução dos sintomas.
Portanto, o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é uma condição séria e que não pode ser ignorada. Apenas com a assistência de um profissional de saúde é possível controlar o sintomas e ter uma melhor qualidade de vida.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!