Você sabia que nem sempre o estresse e o cansaço excessivo devido às atribuições no trabalho e a própria rotina pessoal são normais? Em algumas situações, esses sinais podem indicar uma condição conhecida como Síndrome de Burnout, a popular Síndrome do Esgotamento.
Por surgir apresentando sintomas leves é muito comum que as pessoas afetadas por esse problema pensem que está tudo bem, que é algo passageiro e, por isso, acabam não buscando ajuda médica.
Entretanto, sem os cuidados necessários a tendência é de que os sintomas piores com o passar do tempo, podendo até mesmo afetar a qualidade de vida da pessoa.
Saiba mais sobre a Síndrome de Burnout nos próximos tópicos!
Quais são os principais sintomas?
Os sintomas indicativos de Síndrome de Burnout podem se espalhar por vários campos. Dentre os mais comuns estão:
- problemas gástricos;
- cansaço excessivo, seja mental ou físico;
- dores musculares;
- fadiga;
- dor de cabeça frequente;
- desequilíbrio nos batimentos cardíacos/ pressão alta;
- mudanças no apetite: compulsão alimentar ou perda da vontade de comer;
- isolamento;
- sensação de derrota, incompetência, insegurança e negatividade constante;
- mudanças repentinas no estado de humor.
Quais são as causas?
Há uma série de fatores que podem levar ao surgimento da Síndrome de Burnout. Entretanto, aquele de maior peso e até definidor da condição é o comportamento do indivíduo em relação ao seu trabalho e vida diária.
Por exemplo, grande necessidade de reconhecimento, apreço e um rigor extremo em cumprir as próprias demandas são características típicas no Bournot.
Um agravante é que as pessoas afetadas tendem a não dar muita atenção aos seus próprios limites físicos e psicológicos. Nesse sentido, alguns comportamentos/traços de personalidades que aumentam o risco de o indivíduo desenvolver a Síndrome de Burnout são:
- perfeccionismo: achar que não pode errar, ter tudo sob controle, ser responsável por tudo;
- crença de que está sendo controlado: ideia e que é apenas uma pequena peça de uma máquina, que os outros decidem suas escolhas, que é apenas um fantoche;
- baixa expectativa de capacidade: sensação de que não é capaz, não consegue, não tem chances;
- necessidade de harmonia absoluta: não pode dizer não, todos devem estar satisfeitos, não deve reclamar ou ofender ninguém.
É interessante observar que a frustração causada por esses fatores apenas cresce com o tempo, configurando cada vez mais como causas basilares da síndrome.
Existe tratamento?
O tratamento para a Síndrome de Burnout consiste mais em ações que podem ser integradas a rotina da pessoa de forma a prevenir a piora ou o surgimento do problema.
Algumas, além de simples, também são prazerosas, sendo que não exigem esforços significativos por parte da pessoa.
Praticar exercícios físicos
Parte do esgotamento da síndrome pode resultar em condições físicas, como dores musculares. Os exercícios físicos ajudam a liberar a tensão e promove o relaxamento físico.
Não exigir muito de si mesmo
A presença de uma cobrança intensa e recorrente é uma das principais causas de Bournout. Ou seja, a pessoa precisa desenvolver a consciência de que não existe uma perfeição absoluta, de que ela erra e de que não é possível agradar a todos. Se houver dificuldade, vale a pena procurar um profissional de saúde mental.
Revisar a vida
Reavaliar a rotina pessoal e a de trabalho é uma maneira simples, mas muito útil para lidar com a Síndrome de Bournot. Muitas vezes, reorganizar umas poucas tarefas já é o suficiente para não sobrecarregar a mente e o corpo, abrindo espaço no cotidiano para atividades que ajudem no refazimento físico e mental.
Entrentanto, como apontamos no início, nem sempre a pessoa sabe o que está acontecendo com ela. Sendo assim, ao apresentar os sintomas acima ou se achar que existe algo ainda mais profundo por trás de seu problema o indivíduo deve procurar um especialista em saúde mental o quanto antes para uma avaliação melhor.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!