A esquizofrenia é uma doença cerebral crônica que acomete cerca de 1% da população mundial. Porém, mesmo nos dias atuais, continua sendo um tema com muitos tabus, o que dificulta o diagnóstico precoce e o tratamento.
Você sabe como essa patologia se caracteriza? Conhece as alternativas de tratamento? Então, continue a leitura deste post. A seguir, responderemos a essas e muitas outras dúvidas sobre o assunto.
O que é esquizofrenia?
Trata-se de um transtorno mental grave que afeta a forma como um indivíduo pensa, sente e se comporta. Isso significa que altera toda a estrutura psíquica do paciente, fazendo que pareça que perdeu o contato com a realidade.
Ainda, a esquizofrenia foi descoberta no século 20 e o termo tem origem no grego “esquizo” e “frenia” que, respectivamente, significam “dividir” e “mente”, algo como distúrbio da mente dividida.
Embora seja mais comum entre os 15 e 35 anos, esse transtorno pode se manifestar em qualquer idade e de diferentes maneiras. Isso porque a esquizofrenia é classificada nos seguintes tipos:
- simples: o paciente apresenta mudanças na personalidade, preferindo o isolamento e ficando insensível no que diz respeito aos afetos;
- paranoide: além do isolamento social, se caracteriza pela falta de emoção, falas confusas e sentimento de perseguição por pessoas ou espíritos;
- desorganizada (hebefrênica): o indivíduo manifesta comportamento infantil, formula pensamentos sem nexo e tem respostas emocionais desnecessárias;
- catatônica: o paciente fica apático, permanecendo durante horas na mesma posição;
- residual: há a alteração no comportamento, nas emoções e no convívio social;
- indiferenciada: quando os pacientes não se encaixam em nenhum dos tipos de esquizofrenia, mas possuem algumas características.
Como é causada?
A esquizofrenia é considerada a terceira doença que mais prejudica a qualidade de vida de pessoas na faixa etária de 15 a 44 anos. Por isso, é uma condição muito mais séria do que se pensa, pois degrada a saúde mental do paciente.
No entanto, como a maioria dos distúrbios mentais, a esquizofrenia ainda não tem as suas causas totalmente esclarecidas. Além disso, acredita-se que seja uma patologia multifatorial, ou seja, não tem relação com apenas um fator.
De modo geral, o transtorno é causado por fatores biológicos, psicológicos e sociais, tais como, genética, aspectos ambientais, histórico familiar, diagnóstico de doenças autoimunes, intolerância ao glúten, excesso de radicais livres, baixa imunidade e história de lesão cerebral.
Como é o tratamento?
A esquizofrenia não pode ser curada, mas o tratamento possibilita que o paciente leve uma vida produtiva. Para isso, existem uma série de medidas terapêuticas necessárias. Em primeiro lugar, o acompanhamento de um psicólogo/psiquiatra é fundamental para diminuir as crises.
Além disso, os medicamentos são indicados para controlar os sintomas do transtorno, reduzir os desequilíbrios bioquímicos e as possibilidades de recaída. Neste sentido, os antipsicóticos costumam ser os mais prescritos.
Ainda, a psicoterapia é extremamente útil após o início do tratamento medicamentoso. O objetivo é ensinar o paciente a superar os desafios do dia-a-dia e possibilitar que ele retorne às suas atividades cotidianas.
Então, como você pode perceber, a esquizofrenia é uma condição grave e que precisa ser levada a sério. Por isso, buscar o suporte de um profissional de saúde mental é fundamental. Assim, o transtorno pode ser controlado.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!