Você já ouviu falar em TOC, condição que afeta mais de 8 milhões de brasileiros? Esse número pode ser maior, pois, em função do preconceito, o Transtorno Obsessivo Compulsivo tende a ser subdiagnosticado.
Se você nunca ouviu falar nessa condição ou tem interesse em saber mais sobre ele, está no lugar certo. Neste post, explicaremos os principais pontos relacionados ao tema, tais como, causas, sintomas e tratamentos. Ficou interessado? Continue a leitura.
O que é TOC?
O Transtorno Obsessivo Compulsivo é um transtorno mental caracterizado pela presença de comportamentos obsessivos, compulsivos ou ambos. Quando falamos de obsessão, estamos falando de pensamentos, impulsos ou imagens indesejáveis e involuntárias que surgem na consciência do indivíduo e causam ansiedade ou desconforto.
Já a compulsão envolve comportamentos provocados pela obsessão e o indivíduo os realiza a fim de afastar ameaças, prevenir possíveis falhas ou aliviar um desconforto. De modo geral, o paciente com TOC tende a desenvolver atos mentais ou comportamentos repetitivos de forma compulsiva com o objetivo de cessar, diminuir ou prevenir toda a ansiedade que sente.
Entretanto, existem muitos boatos e informações desencontradas sobre o tema. Por exemplo, a chamada “mania de organização ou de limpeza” não representa um transtorno obsessivo compulsivo. O TOC está presente quando a obsessão e/ou a compulsão causam prejuízos à vida do indivíduo.
Tipos de TOC
O TOC é classificado de duas principais formas: transtorno obsessivo-compulsivo subclínico e o transtorno propriamente dito. Além disso, também é dividido em subtipos, segundo as obsessões e compulsões do paciente. A seguir, listamos os mais comuns:
- medo de contaminação: leva a pessoa a higienizar toda superfície que entrar em contato, tendo dificuldades de até cumprimentar outras pessoas;
- simetria: o paciente imagina que a desorganização pode ter consequências muito negativas ou fazem com que ele sinta grande angústia;
- pensamentos proibidos: engloba as obsessões relaciondas à agressão, sexo, religião e a temas considerados tabus;
- compulsões de checagem: faz com que o paciente confirme várias vezes a realização de determinada ação;
- tiques: costuma ter origem na infância e tem forte relação com fatores genéticos.
Esses são os principais tipos de Transtorno Obsessivo Compulsivo. Os pacientes podem se enquadrar em mais de um ou em nenhum deles. O diagnóstico correto deve ser dado por um profissional de saúde mental especializado no assunto.
Como é o tratamento?
O TOC é uma condição passível de tratamento, possibilitando que o paciente tenha o seu sofrimento aliviado e levando à remissão parcial ou total dos sintomas. As medidas terapêuticas são realizadas por uma equipe multidisciplinar e podem envolver psiquiatras, psicólogos, neurologistas e, se for o caso, pediatras.
Com isso, são maiores as chances de assertividade no diagnóstico e na decisão pelo melhor tratamento que pode ser medicamentoso, psicoterapêutico ou ambos. No primeiro caso, o paciente pode receber a indicação de uso de antidepressivos inibidores de recaptação de serotonina.
Já o tratamento psicoterapêutico tem se mostrado eficaz. A abordagem mais utilizada nestes casos é a terapia cognitivo-comportamental, pois promove a redução dos comportamentos compulsivos, mesmo em quem não responde bem à medicação.
Enfim, se você possuía o interesse em saber mais sobre o TOC, com a leitura deste post, encontrou todas as informações que buscava. Portanto, caso tenha algum familiar ou amigo que apresente características deste transtorno, oriente-o a procurar um profissional de saúde mental.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!