Atualmente é bastante comum ouvir que uma criança sofre de déficit de atenção ou hiperatividade, “dando trabalho” para os pais e para os educadores. Trata-se, de fato, de um distúrbio que afeta principalmente crianças e adolescentes, mas também pode afetar adultos.
O TDAH – Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade atinge em média 5% da população mundial, sendo geralmente diagnosticado na infância.
De acordo com dados da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), houve um crescimento no uso de medicamentos específicos para o tratamento destes transtornos, como o metilfenidato. Segundo Ronaldo Ramos, psicólogo e diretor executivo da Associação Brasileira de TDAH, ficou mais evidente o tratamento de hiperatividade e déficit de atenção entre crianças de seis a dezesseis anos. Esse crescimento atingiu a casa dos 75% entre os anos de 2009 e 2011.
“A utilização de remédios no combate a TDAH é receitado em torno dos 8 anos de idade, para estimular a produção de neurotransmissores específicos no sistema nervoso central da criança, melhorando a atenção”, afirma Ramos. O diagnóstico deverá ser confirmado e a necessidade do uso de medicamentos deverá ser bem avaliada pelo profissional.
A medicação para essa patologia é bem difundida, mas, além dos medicamentos existem outras formas de tratamento destes transtornos.
Quais são as recomendações para lidar com quem sofre de TDAH?
As recomendações seguem o consenso dos profissionais especializados, que explicam existir outras formas de tratamentos que devem ser conjuntamente utilizados.
Uma forma de lidar com a desatenção é o estabelecimento de regras simples e específicas, que possam ser anotadas em um bloco de notas e penduradas em locais onde a criança ou o adolescente irão conseguir ver.
Também é interessante que a criança memorize essas instruções referentes ao dia a dia, de forma que elas passem a repeti-las consistentemente, mas com o apoio e a total paciência dos pais.
Esses simples passos permitirão progressos, porém as cobranças deverão ser proporcionais a dificuldade desta criança em assumir compromissos, sem esbravejar e se irritar.
A hiperatividade é um dos fatores mais evidentes no TDAH e é caracterizada por níveis elevados de atividades em comparação com crianças consideradas normais para a mesma faixa etária. Essas crianças tendem a prejudicar a relação social com outras crianças ao seu redor uma vez que tem muita dificuldade em acalmarem-se por segundos, sendo um problema para os educadores e responsáveis por eles.
No caso da hiperatividade, o recomendado é que os pais e os educadores passem a desenvolver atividades específicas que proporcionem um relaxamento dessas crianças e adolescentes como o yoga e a meditação. Essas atividades podem ser seguidas de atividades físicas que podem levar a criança a gastar bastante energia durante o dia, como a prática de natação, jogar basquete e andar de bicicleta. A prática de uma arte marcial que leva ao comportamento disciplinado também é recomendada para o tratamento da TDAH.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!