A esquizofrenia é uma condição grave que acomete cerca de 26 milhões de pessoas no mundo. Porém, ainda existe um grande preconceito sobre ela, o que dificulta o seu diagnóstico. O primeiro passo para combater esse transtorno é entendê-lo.
Você sabe como esse problema ocorre? Conhece os sintomas, causas e tratamentos? Então, não deixe de ler este post. A seguir, responderemos a todas as suas dúvidas a respeito do quadro.
Entenda a esquizofrenia
A esquizofrenia é classificada como um transtorno mental grave, pois causa grandes prejuízos à qualidade de vida de uma pessoa, afetando o modo como se sente, se comporta e pensa. Ou seja, altera toda a estrutura psíquica do paciente, fazendo que pareça que perdeu o contato com a realidade.
Ainda, a esquizofrenia atinge tanto homens quanto mulheres no começo da fase adulta, principalmente entre os 20 e 30 anos. Por ocorrer nessa faixa etária, tende a ser confundida com crises existenciais, dificultando o seu diagnóstico.
Esse transtorno mental foi descoberto no século 20 e seu nome, que tem origem no grego, significa “mente dividida”. Além disso, a esquizofrenia é classificada como simples, paranoide, desorganizada, catatônica, residual e indiferenciada.
Como é causada?
Assim como a maioria dos distúrbios mentais, a esquizofrenia ainda não tem as suas causas totalmente esclarecidas. Porém, acredita-se que seja uma patologia multifatorial, ou seja, pode ser causada por mais de um fator, como, por exemplo:
- alterações cerebrais durante a puberdade, pois é um período em que ocorrem grandes mudanças no desenvolvimento físico e mental;
- genética e ambiente: existem pesquisas que apontam grande influência hereditária ou do ambiente em que o paciente está inserido, como, por exemplo, exposição à vírus, desnutrição durante a gestação, problemas no parto ou fatores psicossociais;
- desequilíbrio nas reações químicas cerebrais: problemas com os neurotransmissores, como a dopamina e o glutamato, podem influenciar no desenvolvimento do transtorno.
Quais são os sintomas?
A sintomatologia da esquizofrenia é dividida em sintomas positivos, negativos e cognitivos. No primeiro caso, os comportamentos psicóticos, que não são percebidos em pessoas saudáveis, indicam uma perda de conexão do paciente com a realidade, tais como, desordem dos pensamentos, agitação, alucinações e delírios.
Por outro lado, os sintomas negativos refletem uma perda ou redução das funções normais do indivíduo, como, por exemplo, ausência ou diminuição do afeto, redução dos sentimentos de prazer em atividades cotidianas, dificuldade em iniciar e manter comportamentos, diminuição da fala, falta de interesse ou falta de expressão facial.
Já os sintomas cognitivos indicam uma mudança na memória ou no pensamento do indivíduo. Entre os sintomas mais comuns estão: baixa capacidade cognitiva, dificuldade para tomar decisões, falta de concentração e impossibilidade de realizar atividades cotidianas.
Existe tratamento?
A esquizofrenia não pode ser curada, mas pode devolver a qualidade de vida ao paciente. Entre as principais medidas terapêuticas, o acompanhamento de um psicólogo/psiquiatra é fundamental para diminuir as crises.
Neste sentido, a psicoterapia é extremamente útil após o início do tratamento medicamentoso. O objetivo é ensinar o paciente a superar os desafios do dia-a-dia e possibilitar que ele retorne às suas atividades cotidianas.
Além disso, os medicamentos são indicados para controlar os sintomas do transtorno, reduzir os desequilíbrios bioquímicos e as possibilidades de recaída. Neste sentido, os antipsicóticos costumam ser os mais prescritos.
Então, com a leitura deste post, você conheceu os principais pontos a respeito da esquizofrenia, desde as causas e sintomas até as opções de tratamento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!
