tabagismo

Como a psiquiatria atua no tratamento do tabagismo?

As pessoas que fumam cigarro normalmente encontram nele os efeitos prazerosos que a nicotina causa no organismo como a diminuição da ansiedade. O tabagismo, porém, é considerado um comportamento que causa vício, ou seja,  com o passar do tempo esses efeitos “prazerosos”  não têm a mesma intensidade, fazendo com que a pessoa aumente o número de cigarros utilizados para obter o mesmo efeito.

Nesse quadro, o fumante acaba se tornando um dependente químico e psicológico, além dos fatores comportamentais e socioculturais que também estão relacionados com o desenvolvimento da dependência dessa substância.

É comum abandonar o cigarro e apresentar sintomas fortes de abstinência que resultam em uma recaída. Os sintomas vão do distúrbio do sono até a depressão e a dificuldade de se concentrar. Vale ressaltar que esses indícios podem ocorrer entre dois a três dias a suspensão do uso do cigarro e podem se prolongar por semanas.

Como funciona o apoio psiquiátrico no combate ao tabagismo?

Buscar a orientação e suporte profissionais para combater o tabagismo é uma ajuda valiosa no processo, muitas vezes representando uma ação definitiva para parar de vez com o vício do fumo.

A Organização Mundial da Saúde informa que ainda que a busca seja apenas por uma orientação simples de um profissional de saúde,  a iniciativa ajuda na abstenção do fumo em até 30% dos casos.

Apesar da orientação básica representar uma ajuda importante, na maioria dos casos o apoio necessário deve vir de um tratamento que envolve medicamentos e terapias com um profissional especializado, neste caso, o psiquiatra. Existem 3 pilares eficazes para tratar o tabagismo: aconselhamento prático, apoio social e assistência social fora da área de tratamento.

A terapia com medicamentos pode ser muito eficaz para pessoas que estão tentando parar de fumar.

No momento, algumas das medicações que se mostram mais eficazes são: a reposição de nicotina com gomas de mascar e também com adesivos colados na pele (de modo que a dose de nicotina do corpo vai sendo diminuída gradativamente, evitando os sintomas de abstinência) e a medicação antidepressiva específica que atua no sistema nervoso diminuindo a ansiedade e diminuindo a vontade de fumar.

O importante a ser ressaltado é que o uso, doses e tempo de tratamento devem ser acompanhados pelo especialista pois caso não seja, a chance de sucesso no tratamento é baixa (o simples ato de comprar e colar adesivos de nicotina no corpo sem nenhum controle geralmente gera insucessos!).

A nicotina é uma droga que causa forte dependência química – por esse motivo, por mais que o paciente tenha “força de vontade” para largar o cigarro, em grande parte das vezes é necessário um apoio adicional para que isso aconteça sem recaídas. O psiquiatra vai além de um orientador: ele também tem o conhecimento para prescrever as medicações necessárias para ajudar no tratamento das alterações psicológicas coexistentes, e das reações que podem ocorrer com a retirada da nicotina.

Por fim, é importante acrescentar que a decisão de parar de fumar representa um grande passo à frente em sua vida e saúde. Consultar um médico para informações sobre as alternativas de tratamento do tabagismo, nesse sentido, é um meio de obter ajuda especializada para obter sucesso na jornada de abandonar um vício.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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