A depressão é um transtorno conhecido como o mal do século, e essa denominação não foi cunhada por acaso! De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), trata-se de um transtorno que atinge 10% da população mundial, sendo a principal causa de suicídio. O Brasil é o país mais depressivo da América Latina, sendo o 6º com maior incidência da doença em todo o mundo.
Esses dados alarmantes significam que, infelizmente, grande parte das pessoas tem contato com algum familiar, amigo ou conhecido que sofre com a patologia.
Já que felizmente a empatia, isso é, a capacidade de se colocar no lugar do outro, é uma das principais características humanas, o primeiro desejo dessas pessoas é fazer algo que possa ajudar o depressivo.
Mas, nesse ponto, surge a questão: como promover ajuda para uma pessoa em uma situação tão delicada? É o que veremos neste artigo!
Paciência e ajuda
Muitas vezes, as pessoas acabam subestimando o caráter limitador que a depressão pode ter. É normal ouvir pessoas tratarem a depressão como “frescura” ou “mimo”, mas a verdade é que ela é capaz de limitar muito significativamente a pessoa afetada.
Por isso, ter paciência é fundamental, especialmente nas situações de interação com o depressivo, que podem causar irritabilidade e fazer com que a pessoa tenha uma crise emocional. Mostrar o quanto se importa é fundamental.
Recomende ajuda profissional
Vencer a depressão não é uma tarefa fácil, mas totalmente possível, e as chances de sucesso aumentam se a pessoa depressiva contar com o auxílio profissional, tanto por meio de terapia quanto através de medicamentos específicos.
Além disso, é preciso ter em mente que vencer a doença é uma tarefa que cabe exclusivamente ao indivíduo, ou seja, aceitar a culpa por insucesso alheio não irá ajudar em nada.
Realize o acompanhamento
O encorajamento deve perdurar por todo o processo, sendo muito importante entender como a pessoa deprimida reage durante o tratamento, seja nas sessões de terapia ou mediante o uso de medicamentos.
Acompanhe as reações, entenda quais os comportamentos mais recorrentes, enfim, esteja presente e ouça.
Esse acompanhamento é sinônimo de cuidado, mas é necessário estar sempre atento para que esse cuidado não “reprima” as reações do deprimido.
Busque informação
Por fim, essa dica também é válida para o processo como um todo, sendo de especial importância na fase inicial da doença. Dispondo de informações sobre a depressão, é possível se preparar para reagir durante determinadas situações e comportamentos do indivíduo que está atravessando o problema, além de ser mais assertivo nas atitudes para auxiliar a pessoa deprimida.
Mesmo que toda ajuda seja bem-vinda, essa ajuda deve ter qualidade e preservar a força de vontade do paciente, pois vencer a doença é uma tarefa que, a princípio, cabe exclusivamente a ele.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!