Atualmente a população mundial já soma mais de 7 bilhões de pessoas. O número de moradores nas cidades aumenta a uma velocidade assustadora, assim como a verticalização dessas mesmas cidades, fazendo com que tenhamos uma coabitação próxima com inúmeros indivíduos.
Apesar disso, muitos afirmam que as pessoas nunca estiveram tão sozinhas quanto hoje. Muito além desse paradoxo filosófico, este artigo trata de uma temática que ganha cada vez mais notoriedade por seu crescimento significativo: o isolamento social.
Conceito de isolamento social
A primeira coisa a se ter em mente é que o isolamento social não deve ser confundido com o desejo de ficar sozinho, pois, em alguns momentos da vida, nós precisamos ficar sozinhos para mergulhar em nossos pensamentos, em nosso “eu”. No entanto esses momentos, embora necessários, são passageiros.
O isolamento passa a se tornar uma patologia psiquiátrica/psicológica propriamente dita na medida em que o sujeito passa a se isolar completamente de todos a sua volta, sejam familiares, amigos, conhecidos ou mesmo pessoas estranhas. Indo além, esse processo ocorre de forma involuntária, ou seja, independente da vontade da pessoa em questão.
Apesar de existirem diversos estudos voltados à identificação das causas dessa patologia, elas são inúmeras e as mais diversas, envolvendo desde experiências na infância a eventos traumáticos na vida adulta. O bullying, por exemplo, é uma das principais causas de isolamento na infância, pois deixa a criança extremamente insegura para se relacionar com seus pares.
Já na vida adulta, a morte de alguém muito próximo pode fazer com que a pessoa tenha dificuldade para se relacionar e conviver em grupo. Doenças também podem causar o isolamento de adultos, em especial aquelas que deixam sequelas na aparência ou que são estigmatizadas, como alguns transtornos mentais.
Quais as consequências desse isolamento?
Os relacionamentos são fundamentais para que qualquer pessoa possa se desenvolver e levar uma vida saudável. A constituição do “eu”, de fato, só e possível pela relação e o contraste estabelecido com o “outro”. Sendo assim, as consequências do isolamento social podem ser bastante sérias.
Como pessoas que vivem com essa condição enfrentam situações bastante desagradáveis e pressão dos diferentes lados, a consequência mais comum, assim como a mais grave, é o desenvolvimento da depressão. O isolamento também pode provocar problemas de outras naturezas, tais como dificuldades de aprendizado, dificuldades de concentração e de tomada de decisões.
Cientificamente falando, essas consequências ocorrem porque o cérebro da pessoa afetada não recebe os estímulos necessários para que possa trabalhar e se desenvolver, dando a impressão de “lerdeza”.
Dessa maneira, é fundamental que a pessoa se abra a novas experiências e se permita viver situações novas e desafiadoras. No contexto do problema, porém, é claro que essa não é uma tarefa simples – por esse motivo, contar com ajuda de um psiquiatra ou psicólogo para enfrentar o isolamento social é extremamente importante.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!