Neste cenário pós-pandemia, além de lidar com as muitas perdas, há uma preocupação exacerbada com inúmeros fatores. Por isso, não é difícil encontrar pessoas lidando com um excesso de pressão e, consequentemente, ataques de pânico frequentes.
Neste sentido, preparamos este artigo para falar como é esse sintoma e sobre a necessidade de tratá-lo. Então, se tem interesse no assunto e quer saber mais sobre ele, continue a leitura do texto.
O que são os ataques de pânico?
De modo geral, podemos definir os ataques de pânico como um período breve em que o indivíduo sente angústia, ansiedade ou medo extremo, com início súbito e, geralmente, acompanhados por sintomas físicos ou emocionais.
No entanto, diferente do que se imagina, ter episódios esporádicos de ataques não necessariamente significa um quadro de síndrome de pânico, uma condição em que os ataques são recorrentes e prejudiciais.
Ainda, esse sintoma pode estar presente em pacientes com transtornos de ansiedade, depressão ou outros problemas psiquiátricos. Geralmente, as pessoas se recuperam desses ataques sem tratamento ou, em apenas alguns casos, desenvolvem a síndrome.
Enfim, os ataques de pânico são mais comuns em pessoas jovens, entre 15 e 30 anos, e não representam uma ameaça à vida, mas suas consequências podem impactar consideravelmente a qualidade de vida do indivíduo.
Quais são os sintomas mais característicos?
Os ataques de pânico se caracterizam por períodos de medo, ansiedade e estresse extremamente intensos, apesar da ausência de um motivo aparente para tal. Esses episódios podem durar cerca de 10 a 15 minutos.
Além disso, para ser considerado um ataque, o paciente precisa apresentar, pelo menos, quatro dos seguintes sintomas físicos e emocionais:
- dor ou desconforto no tórax;
- sensação de engasgo;
- medo de morrer, enlouquecer ou de perder o controle;
- vertigens ou desmaios;
- agitação ou arrepios;
- náuseas, dores gástricas ou diarreia;
- palpitações ou frequência cardíaca acelerada;
- falta de ar ou sensação de asfixia;
- tremores ou espasmos;
- sensações de irrealidade ou distanciamento do ambiente em que vive.
Como é o tratamento?
Antes de falarmos do tratamento, é importante mencionar que é possível controlar a respiração, buscar distrair a mente e praticar técnicas de relaxamento com meditação e massagens, além de procurar um ambiente tranquilo, arejado e seguro.
No que se refere às medidas terapêuticas, a psicoterapia é uma das principais alternativas utilizadas por psicólogos para tratar os ataques de pânico. A abordagem que se mostra mais eficaz é a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) que visa educar o paciente sobre o que está acontecendo com ele e identificar a origem do problema.
Em alguns casos, o tratamento será realizado por psicólogos e psiquiatras, pois este último irá prescrever antidepressivos ou inibidores de recaptação de serotonina. Porém, essa medida é complementar à psicoterapia.
Ainda, quando não ocorrem isoladamente e, mesmo que esporadicamente, se repetem, os ataques de pânico precisam ser tratados. Caso contrário, podem gerar complicações irreversíveis, como o desenvolvimento de fobias e da síndrome de pânico.
Então, se você identifica esses sintomas em si mesmo ou em algum familiar, busque ou recomende a ida ao psicólogo para que ele avalie o caso e identifique a necessidade ou não de iniciar o tratamento.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!