O suicídio não é uma doença mental em si, mas uma consequência grave de transtornos mentais tratáveis, que incluem depressão, transtorno bipolar, transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de personalidade borderline, esquizofrenia, transtornos por uso de substâncias e transtornos de ansiedade, como bulimia e anorexia nervosa.
Entre 50% e 75% das pessoas que pensam em suicídio darão a alguém — amigo ou parente — um sinal de alerta. No entanto, nem todos que estão considerando o suicídio dirão, e nem todos que ameaçam o suicídio seguirão em frente. Assim, toda ameaça de suicídio deve ser levada a sério.
Conheça alguns importantes sinais de alerta:
- Tristeza excessiva ou mau humor: tristeza duradoura, alterações de humor e raiva inesperada.
- Desesperança: ter um profundo sentimento de desesperança em relação ao futuro, com pouca expectativa de que as circunstâncias possam melhorar.
- Problemas e distúrbios de sono.
- Sossego súbito: de repente, ficar calmo depois de um período de depressão ou mau humor pode ser um sinal de que a pessoa tomou a decisão de encerrar sua vida.
- Retração: a escolha de ficar sozinho e evitar amigos ou atividades sociais também é um possível sintoma de depressão, uma das principais causas de suicídio. Isso inclui a perda de interesse ou prazer nas atividades.
- Mudanças na personalidade e / ou aparência: uma pessoa que está considerando o suicídio pode exibir uma mudança de atitude ou comportamento, como falar ou se mover com velocidade ou lentidão incomum. Além disso, a pessoa pode de repente tornar-se menos preocupada com sua aparência pessoal.
- Comportamento perigoso ou autodestrutivo: comportamentos potencialmente perigosos, como dirigir imprudentemente, praticar sexo sem proteção e aumentar o uso de drogas e / ou álcool podem indicar que a pessoa não valoriza mais sua vida.
- Trauma recente ou crise: uma grande crise ou um trauma pode desencadear uma tentativa de suicídio. As crises incluem a morte de um ente querido ou de um animal de estimação, o divórcio ou o rompimento de um relacionamento, o diagnóstico de uma doença grave, a perda de um emprego ou sérios problemas financeiros.
- Preparativos: muitas vezes, uma pessoa que está considerando o suicídio começará a colocar seus negócios pessoais em ordem. Isso pode incluir visitar amigos e familiares, doar pertences pessoais, fazer um testamento e limpar seu quarto ou sua casa. Algumas pessoas vão escrever uma carta antes de cometer suicídio. Alguns vão comprar uma arma de fogo ou outros meios como veneno.
Quem é mais propenso a cometer suicídio?
Embora as mulheres sejam três vezes mais propensas a tentar o suicídio, os homens são muito mais propensos a concluir o ato. As taxas de suicídio são mais altas em adolescentes, adultos jovens e idosos. Homens brancos com mais de 65 anos têm a maior taxa de suicídio.
O risco de suicídio também é maior nos seguintes grupos:
- Pessoas idosas que perderam um cônjuge por morte ou divórcio
- Pessoas que tentaram suicídio no passado
- Pessoas com histórico familiar de suicídio
- Pessoas com um amigo ou colega de trabalho que cometeram suicídio
- Pessoas com histórico de abuso físico, emocional ou sexual
- Pessoas solteiras ou desempregadas
- Pessoas com dor prolongada ou doença incapacitante ou terminal
- Pessoas propensas a comportamentos violentos ou impulsivos
- Pessoas que foram recentemente libertadas de uma hospitalização psiquiátrica (Esse é frequentemente um período muito assustador de transição).
- Pessoas em certas profissões, como policiais e profissionais de saúde que trabalham com pacientes terminais
- Pessoas com problemas de abuso de substâncias
Suicídio pode ser prevenido?
O suicídio não pode ser evitado com certeza, mas os riscos podem ser reduzidos com a intervenção oportuna. A pesquisa sugere que a melhor maneira de prevenir o suicídio é conhecer os fatores de risco, estar atento aos sinais de depressão e outros transtornos mentais, reconhecer os sinais de alerta para o suicídio e intervir antes que a pessoa consiga concluir o processo de autodestruição.
Pessoas que recebem apoio de amigos e familiares acolhedores e que têm acesso a serviços de saúde mental são menos propensas a agir em seus impulsos suicidas do que aquelas que são socialmente isoladas.
Se alguém que você conhece estiver exibindo sinais de alerta para suicídio:
- Não tenha medo de perguntar se ele ou ela está deprimido ou pensando em suicídio.
- Pergunte se ele ou ela está fazendo acompanhamento com um terapeuta ou tomando medicação.
- Em vez de tentar convencê-lo a desistir do suicídio, deixe-o saber que a depressão é temporária e tratável. Em alguns casos, a pessoa só precisa saber que alguém se importa e está procurando a chance de falar sobre seus sentimentos. Você pode então encorajar a pessoa a procurar ajuda profissional.
Se você acredita que alguém que você conhece está em perigo imediato de se matar, não deixe a pessoa sozinha. Se possível, peça ajuda a amigos ou outros membros da família. Peça à pessoa que lhe dê armas que ela possa ter, também tente tirar ou remover objetos pontiagudos ou qualquer outra coisa que a pessoa possa usar para se machucar. Se a pessoa já estiver em tratamento psiquiátrico, ajude-a a entrar em contato com o médico ou terapeuta para orientação e ajuda.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!