Delírio

Delírio: quais são os tipos e tratamentos?

Delírio é uma palavra que se popularizou fora do meio dos estudos da saúde mental. Embora o seu uso comum não seja negativo ao domínio da psiquiatria, é primordial entender que o delirium, como é chamado, é uma situação que merece atenção e tratamento adequados, uma vez que causa sofrimento mental no paciente e pode colocá-lo em risco.

Neste artigo, falaremos um pouco sobre o diagnóstico dessa enfermidade e também sobre os possíveis tratamentos disponíveis no mercado. Prossiga com a leitura e saiba mais sobre o assunto!

O que é delírio (ou delirium)?

O delírio é uma alteração multifatorial, de ordem mental, caracterizada por diminuição de consciência, dificuldades de discernir o que é real e o que não é, pensamentos confusos e fala incoerente.

Doenças crônicas ou graves, medicamentos em altas doses, cirurgias ou a utilização incorreta de psicotrópicos, drogas e bebidas alcoólicas podem fazer com que o indivíduo comece a apresentar complicações desse gênero.

Em geral, o quadro de delirium tende a acometer pessoas de idade mais avançada. Ele, no entanto, acontece de forma abrupta — o que exige, cada vez mais, que a família e os amigos se mantenham atentos a sinais de mudança de comportamento em pessoas próximas.

Os seguintes problemas de saúde podem ocasionar episódios de delirium:

  • demência: condição que gera perda de função cerebral, pode ser reversível ou irreversível;
  • esquizofrenia;
  • doenças em fase terminal;
  • períodos de abstinência de substâncias (especialmente nos casos dos adictos);
  • infecções.

Remédios para asma, doença de Parkinson e mesmo antialérgicos também podem provocar delírio. Daí a importância de não utilizar medicamentos sem a orientação de um médico capacitado.

Quais são os sintomas?

  • redução de consciência, com atenção vaga, dificuldade de processar perguntas, incapacidade de compreender o que os outros estão falando ou repetição de palavras e tópicos específicos;
  • desorientação espacial, dificuldade para entender onde e com quem está. Não é incomum que o indivíduo acometido pergunte em que ano está, por exemplo, ou fale sobre pessoas que não estão presentes;
  • fala confusa, com a utilização de palavras que não têm sentido, com repetição de fonemas ou mesmo ininteligíveis;
  • irritabilidade, comportamento agressivo, excesso de movimento, agitação, quadros de choro ou raiva intensa, que podem ou não vir acompanhados por alucinações.

Quanto tempo duram os episódios de delírio?

A duração dos episódios pode variar bastante: eles podem durar minutos, dias ou semanas. Pacientes com doenças graves, sob forte medicação ou idosos podem ter delírios recorrentes e, por isso, devem ser mantidos sob monitoramento.

Quais são os tratamentos disponíveis?

Pacientes que estão passando por essa situação nem sempre conseguem percebê-la. É importante que, ao notar que um familiar ou amigo está apresentando delírio, você busque maneiras de encaminhá-lo a um especialista responsável.

O diagnóstico é feito com base na lista de mudanças comportamentais, nos sintomas apresentados e, muitas vezes, nos relatos dados por pessoas associadas ao paciente. Exames físicos e neurológicos podem ser pedidos, como maneira de sustentar a avaliação diagnóstica e fornecer auxílio efetivo ao paciente.

Especialmente quando não há a existência de doenças incuráveis ou com perda mental paulatina, o tratamento do delírio costuma ser bastante eficaz.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

 

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