Primordialmente, é preciso entender que a depressão pode atingir pessoas de todas as idades. Portanto, a depressão na adolescência deve ser levada a sério, pois quando não é devidamente identificada e tratada pode levar a consequências graves.
O jovem precisa de acompanhamento médico, psicológico e apoio familiar. São passos essenciais para estabilizar e até levar a cura. Vamos entender melhor sobre o transtorno.
Como é feito o diagnóstico da depressão na adolescência?
Assim como em outros transtornos, o diagnóstico é clínico. O critério oficial para identificar o transtorno depressivo maior está ligado à presença constante de alguns sintomas, geralmente por mais de 15 dias. São eles:
Obrigatórios (um ou mais):
- Perda de prazer
- Ausência de interesse
- Humor irritado
- Andar constantemente deprimido
Adicionais (a presença de 4 ou mais dos listados):
- Dificuldades relacionadas ao pensamento
- Fadiga extrema ou diminuição da energia
- Mudanças no sono (maior quantidade ou insônia)
- Estar mais lento ou mais agitado
- Dificuldade para ganhar o peso esperado
- Culpa excessiva
- Pensamentos frequentes sobre morte
- Dificuldade de tomar decisões
- Falta de motivação e sensação de ser inútil
O diagnóstico final de depressão na adolescência
Em resumo, a combinação dos sintomas são prejudiciais à vida do jovem em nível social e acadêmico. Além disso, as consequências relacionadas à negligência do tratamento podem ser graves – abuso de drogas e álcool, e até a morte – o que deve ser levado em consideração.
Durante a avaliação é muito importante que o profissional entenda a intensidade dos sentimentos. Já que dessa forma, é possível entender profundamente o nível necessário de tratamento. Aliás, comumente o tratamento será multidisciplinar com psicoterapia e psiquiatria (medicamentoso).
Como é feito o tratamento
Conforme conversamos, o tratamento da depressão na adolescência é feito de forma multidisciplinar. Primeiramente, deve ser feita a consulta com um médico psiquiatra de confiança para entender quais os remédios são mais indicados para o paciente; antidepressivos como sertralina, fluoxetina e amitriptilina são alguns dos mais usados e são de uso diário.
Em seguida, a atenção e acompanhamento da psicoterapia deve estar presente. É nesse momento, com um psicólogo, que o adolescente será capaz de explorar seus sentimentos e gatilhos, e entender melhor como lidar com as situações e poder superar os piores momentos.
E é preciso estar sempre atento!
Por fim, família e amigos devem acompanhar de perto o tratamento e entender os sentimentos do paciente. Se acaso perceberem que não existe melhora, entre em contato com os profissionais de saúde. Além disso, o apoio de pessoas queridas é essencial para o adolescente se sentir acolhido e, assim, passar por momentos difíceis.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!