Desatenção

Como lidar com a desatenção?

O cérebro é o instrumento para processar informações mais rápido e potente do qual se tem conhecimento. Afinal, para que possamos viver de forma adequada, é necessário que tenhamos a capacidade de buscar, selecionar, organizar, processar e utilizar informações de maneira otimizada. Esta tarefa se dá de maneira extremamente rápida, já que é necessária para a tomada de atitudes em relação aos assuntos mais banais, como por exemplo decidir que caminho fazer até o trabalho dentre as opções disponíveis.

Nesse ciclo de uso da informação, um dos fatores mais essenciais, além da capacidade de processamento do cérebro, está na atenção necessária para a realização do processo, pois é ela quem dita o que deve ou não ser priorizado. Assim, quando não existe atenção suficiente, necessariamente existe a desatenção, entendida como a capacidade limitada de dar foco à realização de determinada atividade, algo muito sério e que pode ter consequências bastante negativas.

Desatenção e TDAH

Geralmente, a desatenção é um dos sintomas mais clássicos do TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade), sendo que pode variar de intensidade de acordo com o indivíduo, que apresenta diferentes graus de comprometimento.

Os principais sintomas incluem: pular de uma atividade inacabada para outra, nunca chegando a uma conclusão de fato; distração permanente, resultando em esquecimentos constantes e perda de objetos; dificuldades de prestar atenção a detalhes, culminando em erros por distração; e problemas de aprendizagem e dificuldades em seguir instruções.

Para minimizar esses comportamentos, algumas atitudes simples podem ser tomadas, facilitando tanto o desenvolvimento de atividades quanto o convívio social do indivíduo afetado. São elas que conheceremos abaixo.

Lidando com a pessoa acometida

Conforme dito, algumas atitudes simples podem ajudar a minimizar o problema. Dentre elas, destacam-se:

  • Comunicações de pontos importantes a respeito do que deve ser feito. Isso pode ser feito por meio de lembretes, dicas, sugestões e outras ferramentas que auxiliam a pessoa a assimilar os pontos-chave do problema ou situação em questão;
  • Agir imediatamente após a manifestação de algum comportamento, quer seja negativo, por meio de uma leve repreensão, quer seja positivo, por meio da oferta de recompensas;
  • Agir de forma motivacional por meio de um sistema de recompensas quando o indivíduo conseguir realizar determinada tarefa conforme previsto. É importante mudar a recompensa periodicamente, pois pessoas com este transtorno tendem a se entendiar facilmente, diminuindo a efetividade das recompensas;
  • Aumentar a carga de responsabilidade. Em crianças e adolescentes, isso pode ser feito por meio dos cuidados de um animal de estimação, por exemplo. Deixar claro para a criança que é ela a responsável por colocar água a comida, limpar a sujeira, passear diariamente, entre outras coisas, você esta ajudando-a a ter aquilo sempre em mente.
  • Antecipar os problemas que um novo ambiente trará e traçar um plano de ação, feito de forma conjunta, para tentar adequar ao máximo a pessoa naquele ambiente, de forma a minimizar os pontos negativos;
  • Priorizar as ações mais importantes para garantir um melhor desenvolvimento, como a efetividade na realização de determinada tarefa em relação ao prazo estabelecido para seu cumprimento.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde.

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