Ser mal-humorado não significa que você sofre com algum transtorno. O problema está na frequência com que esse sentimento ocorre. Quando é contínuo, pode sinalizar um problema chamado de distimia.
Você já ouviu falar nesta condição? Conhece os sintomas, causas e tratamentos? Então, recomendamos a leitura deste artigo. A seguir, explicaremos tudo o que você precisa saber sobre o assunto.
O que é a distimia?
A distimia, também conhecida como transtorno depressivo persistente, é uma condição que afeta o humor e a vitalidade. Trata-se de um quadro semelhante à depressão, mas causando sintomas menos intensos e mais persistentes.
Por ser um quadro mais brando, muitas pessoas convivem com a distimia durante anos, sem nunca terem buscado tratamento. Assim, quando percebem que há algo errado, já desenvolveu um quadro grave de depressão.
Porém, não é uma tarefa simples diagnosticar a doença ou identificar os seus sinais. Por isso, é fundamental estar sempre atento não só aos sintomas em si, mas à frequência com que eles aparecem.
Como é causada?
Assim como ocorre com a depressão, a distimia não tem uma causa totalmente esclarecida. Acredita-se que esteja relacionada a fatores bioquímicos, genéticos ou ambientais. A seguir, saiba mais sobre eles:
- fatores bioquímico: são aqueles que se desenvolvem no cérebro, como, por exemplo, um desequilíbrio químico dos neurotransmissores, como a serotonina e a noradrenalina;
- fatores genéticos: embora não exista um gene específico para a distimia, a hereditariedade está por trás de seu desenvolvimento. Isso significa que se houver histórico familiar da condição, ele estará mais propenso a também desenvolver;
- fatores ambientais: são fatores relacionados ao ambiente em que o indivíduo está inserido, seja no dia-a-dia, pessoas com quem interage, entre outros.
Quais os sintomas?
Os sintomas da distimia são muito semelhantes aos causados pela depressão crônica em graus mais leves. No entanto, se diferenciam pelo tempo com que persistem. Entre os sinais mais comuns:
- excesso de tristeza e maus humor frequente;
- desesperança e culpa;
- pensamentos suicidas;
- falta de energia ou de interesse nas atividades;
- dificuldade de concentração;
- mudança no apetite;
- ganhou ou perda de peso;
- inquietação.
Quais os tratamentos?
O diagnóstico de distimia é feito por um psicólogo ou psiquiatra. A partir da identificação dos sintomas, esses profissionais irão iniciar o tratamento visando ensinar o paciente a lidar com o quadro e a descobrir a origem do problema.
No entanto, não existe um tratamento único, variando de acordo com a causa. Normalmente, a psicoterapia é o principal recurso terapêutico utilizado, ajudando o paciente a desenvolver habilidades para enfrentar situações estressantes, entre outras coisas.
Em casos mais complexos, essa terapia pode ser combinada com o uso de medicamentos que serão prescritos pelo psiquiatra. Assim, espera-se promover o controle dos sintomas e devolver qualidade de vida aos pacientes.
Enfim, embora não seja um quadro tão grave quanto a depressão, a distimia precisa de tratamento, pois pode evoluir e se tornar um problema incapacitante. Portanto, esteja atento aos sintomas e, caso perceba algo de errado, converse com seu médico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!