esquizofrenia

Esquizofrenia: Quais São As Suas Fases?

De acordo com pesquisa da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), a esquizofrenia é um transtorno que afeta cerca de 26 milhões de pessoas no mundo. Essa estatística evidencia que estamos falando de uma doença muito comum e presente na população. Neste artigo, pretendemos esclarecer tudo sobre a doença, apresentando suas fases, seus tipos e os principais sintomas manifestados pelos pacientes.

O que é esquizofrenia?

Trata-se de um transtorno mental grave que traz grandes prejuízos à qualidade de vida de uma pessoa, afetando o modo como se sente, se comporta e pensa. Em resumo, um paciente esquizofrênico perde a noção da realidade e tem dificuldade de separar o que é real do que é imaginário. Ainda, a esquizofrenia atinge tanto homens quanto mulheres no começo da fase adulta, mais precisamente até os 20 anos em homens e entre os 20 e 30 anos em mulheres. Por ocorrer nesse momento da vida, tende a ser confundida com crises existenciais e egoísmo, dificultando o seu diagnóstico.

Quais são as formas de manifestação da doença?

Atualmente, a esquizofrenia é um transtorno classificado em seis diferentes tipos: simples, paranoica, hebefrênica, catatônica, residual e indiferenciada. A seguir, explicaremos cada uma delas:
  • simples: se caracteriza pela ausência de delírios ou alucinações, mas o paciente perde sua capacidade de interação e afetividade, prejudicando o seu desempenho social e ocupacional;
  • paranoica ou paranoide: quando ocorrem alucinações auditivas frequentes sem a desorganização de pensamentos. O paciente tende a se isolar e apresenta confusão na fala, falta de emoção e sentimento de perseguição ou de grandeza;
  • hebefrênica ou tipo desorganizado: é a forma marcada pela desorganização do discurso e do comportamento, além do afeto inadequado. Além disso, o paciente deixa de se preocupar com sua aparência e também apresenta respostas emocionais inadequadas;
  • catatônica: é o tipo caracterizado pela resistência a qualquer instrução, postura rígida contra tentativas de imobilização, imitação e repetição de gestos, atitudes e sons. Em alguns casos, chegam à desnutrição ou à exaustão;
  • residual: quando o paciente manifesta comportamento excêntrico, pensamentos ilógicos, crenças estranhas ou experiências perceptuais incomuns;
  • Indiferenciado: ocorre quando são observadas características mistas como agitação e pensamentos desorganizados, mas sem uma regularidade que possa classificar o paciente em outros tipos.
Além desses, existem também o transtorno esquizofreniforme, quando os sintomas de esquizofrenia estão presentes, mas duram até seis meses e o paciente retorna a normalidade, e o transtorno esquizoafetivo que se caracteriza pela manifestação de sintomas tanto esquizofrênicos quanto de transtornos de humor.

Fases da esquizofrenia

Assim como é classificada em tipos, a esquizofrenia também tem a sua história natural dividida em fases. São elas:
  • pré-mórbida: quando os indivíduos nem sempre manifestam sintomas, mas podem apresentar prejuízos na sua competência social, desorganização de pensamentos, distorção perceptiva e anedonia. Nesse quadro, a pessoa prefere se isolar ou possui ansiedade social e deficit cognitivo;
  • prodrômica avançada: o termo prodrômico significa um conjunto de sintomas que pré-existiam antes de alguma doença. O paciente tem a sensação de que algo está para acontecer, o que muda o seu comportamento. Ele tende a se isolar e pode manifestar sintomas psicóticos breves e transitórios;
  • prodrômica avançada: quando surgem sintomas subclínicos, tais como, afastamento, isolamento, desconfiança, irritabilidade, pensamentos incomuns, distorções perceptivas e desorganizadas;
  • precoce da psicose: se caracteriza pela presença de sintomas ativos e intensos;
  • intermediária: ocorre quando os períodos sintomáticos são variáveis ou contínuos, apresentando piora nos déficits funcionais;
  • tardia do transtorno: embora haja um padrão no transtorno, os sintomas ainda são variáveis e a incapacidade pode estabilizar ou diminuir.
Enfim, a esquizofrenia é um transtorno grave e o paciente precisa de assistência e acompanhamento médico. Por isso, para saber a hora de buscar ajuda de um profissional de saúde mental, é importante conhecer e estar atento aos sintomas. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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