Hiperatividade

Hiperatividade – Você conhece os sintomas?

Em um rotina cada vez mais agitada, é normal que tenhamos que realizar uma série de tarefas diversas e em um período de tempo cada vez menor. Essa é uma tendência que fica cada vez mais forte na vida de todos. Até mesmo no mercado de trabalho, a hiperespecialização, necessária até pouco tempo atrás, está sendo substituída por competências mais holísticas. Ou seja, conseguir fazer cada vez mais coisas, saber mais é cada vez mais valorizado.

No entanto, quando essa agitação intensa começa a afetar de forma significativa a vida, atrapalhando no desenvolvimento de atividades simples que exigem concentração, pode-se estar diante de um quadro de hiperatividade.

A doença, que manifesta seus primeiros sintomas já na infância, afeta principalmente crianças do gênero masculino. Mas não se engane, ela pode se manifestar em ambos os sexos e em qualquer idade.

Caracterização da doença

Ao contrário do que acredita o senso comum, a hiperatividade não é causada por falta de disciplina ou mau comportamento, mas, sim, por um mau funcionamento ou subdesenvolvimento de algumas áreas do cérebro. Dentre estas áreas, podemos listar: lóbulo frontal (responsável pelo controle de atenção, tomada de decisões, resolução de problemas, dentre outros); cerebelo (responsável pelo controle motor); sistema noradrenérgico; gânglios da base (aprendizagem, coordenação, controle da impulsividade), dentre outros.

Isso faz com que ocorra uma comunicação pífia entre os neurônios, desencadeando o transtorno em questão.

Vale destacar que existem duas principais formas  em que a hiperatividade se apresenta: a motora, que ocorre quando a criança ou adulto não consegue ficar quieta por muito tempo, isto é, está relacionada aos movimentos; e a mental, quando os pensamentos ocorrem em excesso e/ou de modo desorganizado, causando irritação, ansiedade, agressividade e desatenção.

Principais sintomas da hiperatividade

Dentre os principais sintomas do transtorno, manifestados em crianças, temos:

  • Inquietação;
  • Movimentos excessivos;
  • Estar sempre saltando, pulando ou correndo;
  • Esbarrar em móveis ou pessoas;
  • Comer e assistir televisão em pé;
  • Fazer xixi na cama, mesmo com idade avançada;
  • Sono agitado;
  • Dificuldades para brincar de forma calma, seja sozinho ou junto a colegas;
  • Dificuldade de concentração para a realização de tarefas;
  • Dificuldade de foco para a resolução de problemas;
  • Fala excessiva ou desorganizada, sem seguir uma linha lógica de raciocínio;

Outros sintomas, como sonolência durante o dia e evitar brincadeiras clássicas, em especial as realizadas em grupo, são menos frequentes, mas também associados ao transtorno. Por isso, pais, professores e responsáveis devem sempre estar atentos a estes sinais.

Já em adultos, a hiperatividade se manifesta a partir dos seguintes sintomas:

  • Fumar, beber ou fazer uso de outras substâncias de forma excessiva;
  • Ser viciado no trabalho;
  • Ter dificuldades para permanecer sentado durante reuniões;
  • Falar excessivamente;
  • Extrema ansiedade.

O tratamento deve ser iniciado tão cedo quanto possível, pois, caso contrário, a hiperatividade poderá interferir de forma drástica na vida do indivíduo, fazendo com que ocorra um retardo no desenvolvimento da criança, deixando-a mais propensa a sofrer bullying, prejudicando a vida social, afetiva e profissional de jovens e adultos.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde.

O que deseja encontrar?

Compartilhe