Alguma vez já aconteceu com você de dormir mais do que o necessário e mesmo assim continuar com sono ao acordar? Em alguns casos, a sonolência excessiva pode indicar uma patologia conhecida como hipersonia.
Já ouviu falar nela? Conhece os sintomas mais recorrentes? Então, recomendamos a leitura deste texto. A seguir, explicaremos tudo sobre essa condição e as formas de tratamento.
O que é hipersonia?
Trata-se de um distúrbio no qual o indivíduo apresenta sono e cansaço excessivo, sendo. às vezes, até incontrolável. Dessa forma, ele acaba dormindo em horários pouco apropriados ou por longos períodos.
Ainda, além da hipersonia, existem diferentes tipos de distúrbios do sono, tais como, narcolepsia, insônia, transtornos relacionados à respiração ou ao ritmo cardíaco e a síndrome das pernas inquietas.
Quais são os sintomas mais comuns?
O diagnóstico de hipersonia só é possível caso o paciente apresente os sintomas há, pelo menos, três meses. Entre os principais sinais do distúrbio estão:
- dificuldade para acordar, mesmo com o uso de despertador;
- desorientação e falta de atenção;
- irritabilidade;
- perda de concentração;
- bocejo constante ao longo do dia;
- cansaço e fadiga intensa ao longo do dia;
- necessidade de tirar cochilos durante o dia e de dormir por, pelo menos 10 horas seguidas.
Ademais, as pessoas portadoras deste distúrbio não costumam ter dificuldade para dormir, mas sim para acordar. Ao despertar, podem parecer confusos, combativos ou atáxicos, condição que se caracteriza pela descoordenação de algumas partes do corpo.
Como é causada?
As causas deste distúrbio de sono estão associadas a fatores genéticos, depressão, doenças neurológicas, apneia do sono, obesidade, consumo abusivo de álcool e outras drogas ou ao uso de medicamentos para dormir.
Além disso, a hipersonia é classificada em dois tipos: idiopática com sono prolongado ou com sono reduzido. No primeiro caso, o paciente tem dificuldade para acordar, manifesta sonolência excessiva durante o dia e sua necessidade de sono chega à 14 horas diárias.
Já a idiopática com sono reduzido, ou secundária, ocorre quando o indivíduo dorme cerca de 10 horas e tem dificuldade para acordar. Nesses casos, o distúrbio tem origem na apneia do sono, pois, o paciente não consegue dormir em função do bloqueio das vias aéreas.
Como é o tratamento?
O tratamento da hipersonia é baseado em duas frentes: uso de medicamentos e mudanças no estilo de vida. Quando farmacológico, o paciente é recomendado a utilizar medicamentos específicos para mantê-lo desperto por mais tempo.
Por outro lado, o tratamento não farmacológico consiste na modificação dos padrões de sono. Assim, o indivíduo recebe um treinamento para controlar os estímulos e aprender a identificar os sinais da sonolência. Nesse momento, ele precisa realizar diferentes exercícios que o deixarão alerta.
O médico pode prescrever a realização de terapias que melhoram a concentração, como o mindfulness. Por último, ele também precisa melhorar a higiene do seu sono, alterando fatores ambientais e alimentares.
Enfim, a hipersonia é uma condição que pode e deve ser tratada. A prevenção para esse distúrbio passa pela mudança de hábitos, tais como, manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas e evitar o consumo de álcool.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em Lucas do Rio Verde!
