No mundo atual, os compromissos diários, o estresse e as cobranças estão cada vez maiores e, por isso, as pessoas estão sentindo o peso de todos esses fatores que trazem dor e angústia para suas vidas. As crianças estão vivendo uma realidade em que são ensinadas a tentarem ser sempre as melhores em tudo o que fazem. Os adolescentes estão pressionados a tomarem decisões de imediato sobre os rumos que querem tomar para suas vidas. E os adultos estão praticamente presos em uma roda-gigante que segue alternando constantemente entre o sucesso e o fracasso. Porém, mesmo com todas essas questões tão afloradas e claras afetando o bem-estar das pessoas, ainda existem barreiras que as levam a não buscarem ajuda quando estão com sintomas de problemas psicológicos.
O primeiro fator é a dificuldade de aceitar que o que está sentindo é uma doença e que pode atrapalhar muito sua vida e a de sua família. O segundo empecilho tem um fundo cultural, pois ainda existe o estigma que procurar ajuda profissional é apenas para “loucos”. O terceiro obstáculo é o desconhecimento sobre o tratamento.
Ajudar alguém que está com problemas psicológicos é fundamental. Por isso, é importante ter noção de alguns pontos que devem ser observados e trabalhados. A maioria das pessoas que estão sofrendo não procura o tratamento com um profissional facilmente, e a atuação de uma pessoa próxima e de confiança pode ser o diferencial nesse caminho.
Como oferecer ajuda a quem sofre com problemas psicológicos?
O primeiro estágio nesse processo começa com a observação da situação em que a pessoa com o problema se encontra. Diversas vezes, tristeza contínua, apatia, repetição de falas como “que vontade de sumir” podem servir de alerta de que o paciente precisa de ajuda. Esse é um momento em que se deve ter paciência para prestar auxílio de maneira delicada para que ele não se sinta ofendido.
O segundo estágio envolve o momento em que a pessoa com o problema decide se abrir com quem a ajuda. É fundamental ouvir o que está acontecendo sem fazer julgamentos e sem se tornar responsável pelos problemas que ela vem enfrentando. Com base no que ela demonstrar, busque informações para auxiliar ainda mais e conseguir estreitar os laços de confiança.
Além disso, mostre-se disponível para ajudá-la na realização de tarefas que se tornaram complexas em virtude do abalo emocional. E, também, ajude nos momentos difíceis, tudo de maneira suave e respeitando os limites de ambas as partes, para que a situação não se transforme em um caso mais complexo.
Por fim, o terceiro estágio é quando se constroem os laços de afeto e confiança, e a pessoa passa a estar mais aberta a ouvir aconselhamentos sobre ajuda profissional e tratamentos. É importante, se possível, acompanhá-la nas primeiras consultas, para que ela não se sinta sozinha e desamparada em um momento tão importante.
Sem dúvidas, essas dicas podem ser fundamentais tanto para quem ajuda, quanto para quem quer ajudar. O importante é estar disposto a oferecer auxílio a quem passa por problemas psicológicos.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!