A psicose é um problema que afeta a forma como o cérebro processa as informações, fazendo com que o indivíduo desconecte-se da realidade. No entanto, não é considerada uma doença, mas um sintoma.
Neste post, explicaremos como é realizado o diagnóstico dessa condição e também falaremos sobre as principais formas de tratamento. Então, se tem interesse no tema, continue a leitura do artigo.
Em primeiro lugar, o que é a psicose?
A psicose é um sintoma de transtornos mentais graves, de modo que a pessoa apresenta alucinações, delírios ou pensamentos contrários às evidências reais, perda de motivação e tendência ao isolamento.
Porém, diferente do que muitos imaginam, psicopatia não é a mesma coisa que psicose. Enquanto a primeira é uma desordem de personalidade para a qual não existe tratamento, a segunda é uma desordem psíquica e que pode ser tratada.
Ainda, o termo psicose é usado para descrever toda condição que afeta a mente, provocando a perda de contato com a realidade. Durante um episódio psicótico, o indivíduo tem dificuldade de entender o que é real e o que não é.
Existem vários distúrbios que podem provocar sintomas psicóticos. Um deles é a esquizofrenia, um distúrbio de saúde mental que afeta a forma como alguém se sente, pensa e age. Outras possibilidades são o transtorno esquizoafetivo, psicótico breve, delirante, bipolar, depressão psicótica ou até a psicose induzida por substância.
Existe uma causa conhecida para a psicose?
Ainda existe muita discussão e controvérsia dentro da comunidade médica no que diz respeito às causas para esse sintoma. Neste sentido, acredita-se que haja uma relação entre os seguintes fatores:
- abuso de drogas;
- isolamento social;
- rotina acelerada da vida nas grandes cidades;
- genética;
- alterações na estrutura cerebral e em certas substâncias químicas;
- mudanças nos níveis hormonais e interrupção do padrão de sono na gravidez.
Como diagnosticar?
O diagnóstico da psicose é realizado a partir da avaliação psiquiátrica e da análise de alguns exames, tais como, exames de sangue para medir níveis de hormônios e eletrólitos e para detectar infecções, além de testes para verificar a presença de alguma droga no organismo.
Existe tratamento?
O tratamento da psicose envolve o uso combinado de diferentes medidas. Uma delas é o acompanhamento psicológico, onde o especialista irá utilizar da psicoterapia para identificar a origem do problema e ajudar o paciente a controlar os gatilhos que o desencadeiam.
Além disso, a medicação antipsicótica poderá ser prescrita por um psiquiatra para aliviar os sintomas. Geralmente, o tratamento medicamentoso é mantido por até 1 ano após o último episódio psicótico.
A terapia familiar é um recurso usado para ensinar amigos, familiares e cônjuges a lidarem com a situação. Outra medida é o apoio psicossocial, indicado para dar suporte ao paciente em aspectos sociais, como educação, emprego e acomodação.
Apenas em casos graves, quando as terapias não surtiram o efeito esperado, o médico poderá indicar a internação do paciente em um hospital psiquiátrico. Isso porque há um considerável risco de automutilação, suicídio, uso de drogas ou abuso de álcool.
Enfim, a psicose é um sintoma de uma condição grave e, por isso, precisa ser analisada e acompanhada por um profissional. Portanto, se tem algum familiar nessa situação, converse com ele e indique a necessidade de buscar orientação de um profissional.
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