disforia de gênero

Quais os primeiros sinais da disforia de gênero?

Até o segundo ano de vida, as crianças já manifestam sinais que permitem identificá-las quanto ao gênero. Em alguns casos, existe uma incongruência entre o sexo biológico e a identidade, causando sofrimento. Essa condição é chamada de disforia de gênero. Você sabe como identificar os primeiros sinais desse transtorno? Entende suas causas? Então, continue a leitura deste post e descubra tudo o que você precisa sobre o assunto.

O que é disforia de gênero?

Trata-se de uma condição caracterizada pela desconexão entre o sexo com que o indivíduo nasce e a sua identidade de gênero. Embora seja mais comum a divergência entre os sexos masculino ou feminino, existem casos em que a pessoa não se enquadra em nenhum dos dois. Ainda, a identidade de gênero diz respeito à forma como uma pessoa se enxerga. Quando sua autoidentificação não corresponde ao sexo biológico atribuído no nascimento, é classificada como transgênero ou transexual. Ademais, de acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-10), o transexualismo é uma entidade nosológica pertencente aos transtornos de identidade de gênero. De modo geral, a disforia de gênero pode ser definida como um desconforto ou sofrimento causado pela divergência entre o sexo atribuído no nascimento e o gênero experimentado pelo paciente.

Como identificar o quadro?

Geralmente, a disforia de gênero começa a se desenvolver a partir dos dois anos. Nesses casos, as crianças podem apresentar os seguintes sintomas:
  • desejo de vestir-se como as crianças do sexo oposto;
  • insistem que não correspondem ao sexo biológico;
  • preferem os brinquedos e jogos associados ao sexo oposto;
  • gostam de fingir ou brincar que são do gênero oposto;
  • evitam brincar com crianças do mesmo sexo;
  • não se mostram satisfeitos com seus órgãos genitais.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde! No entanto, algumas pessoas podem apenas identificar a incongruência de gênero na fase adulta. Nessas situações, é comum que haja um sentimento de negação quanto a sua condição. Com isso, tendem a desenvolver sintomas de depressão, ansiedade ou comportamentos suicidas.

Quais são as causas?

A identificação de gênero é resultado da interação entre fatores genéticos, hormonais, psíquicos, sociais, cognitivos e relacionais. Ainda não se sabe exatamente a causa dessa incongruência. Ademais, o que parece existir é uma relação entre influência hormonal pré-natal e o neuro-desenvolvimento cortical. Alguns estudiosos, como a filósofa Judith Butler, afirmam que a sexualidade é definida por dispositivos políticos e sociais que têm como base a coerência entre sexo biológico, gênero e desejo/prática sexual.

Como lidar com a disforia?

O tratamento da disforia de gênero só é indicado se o indivíduo sofre com a sua condição. Nesses casos, recomenda-se a psicoterapia, terapia hormonal ou, em último caso, a cirurgia para mudança de sexo. Ainda, a psicoterapia tem por objetivo ensinar a pessoa a lidar com o desconforto causado pela angústia de estar preso em um corpo que não é o seu. A terapia hormonal busca alterar as características sexuais secundárias, como o crescimento das mamas, dos pelos do corpo, alteração da voz e do odor corporal. Por último, a cirurgia de mudança de gênero proporciona a adequação entre as características físicas e os órgãos genitais do indivíduo com a sua identificação de gênero. O procedimento pode ser feito para ambos os sexos e consiste na remoção de órgãos e na reconstrução de uma nova genitália. Portanto, a disforia de gênero só é uma condição tratável quando causa sofrimento e desconforto ao indivíduo. Caso contrário, não há a necessidade de tratamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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