TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade) é um transtorno neuro-comportamental associado a disfunções no lobo pré-frontal, uma região do córtex cerebral.
Trata-se de uma síndrome de caráter orgânico neurológico associada a uma série fatores externos, como estilo de vida e ambiente familiar.
A principal característica do TDAH é a dificuldade de concentração nas tarefas e atividades, quadro que leva o indivíduo a adiar tarefas ou executá-las de forma lenta e desorganizada.
O problema também pode estar associado à hiperatividade, que é a propensão à realização de várias atividades físicas em sequência, principalmente na infância, ou a realização de muitas tarefas simultaneamente.
Entre as causas associadas há o nascimento prematuro, o baixo peso do bebê ao nascer e o consumo de cigarro e álcool pela mãe durante a gravidez.
Normalmente, os primeiros sintomas aparecem antes dos 7 anos de idade e 95% dos casos se revelam antes dos 12 anos.
Pode parecer que estamos falando de algo muito raro, mas 6% das crianças e 3% dos adultos são afetados por esse mal, que pode acarretar problemas na vida afetiva, social e profissional.
Sintomas e diagnóstico
O TDAH é caracterizado por um conjunto de sintomas, como hiperatividade, agitação, distração, impulsividade, desorganização e esquecimento.
Todos esses fenômenos, se considerados separadamente, não caracterizam um sintoma pois fazem parte da natureza humana. Quando eles aparecem simultaneamente e comprometem a vida do indivíduo, no entanto, podem ser interpretados como sintomas da síndrome.
O diagnóstico desse tipo de transtorno não é tão simples, como, de um modo geral, não são os demais problemas ligados ao sistema psíquico humano. A razão é que os sintomas presentes no TDAH podem ocorrer em outros tipos de transtornos. Podem, inclusive, acontecer simultaneamente, o que dificulta ainda mais o diagnóstico.
Os principais parâmetros a serem adotados para caracterizar o transtorno são a identificação da intensidade dos sintomas e danos causados, identificação da origem dos mesmos na infância e comparação com outros transtornos, como ansiedade, depressão, déficits cognitivos, transtorno bipolar, stress, etc. Um sinal a ser observado é o baixo rendimento escolar.
Como funciona o cérebro no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
O comportamento do cérebro sinaliza quando está sofrendo desse mal. Esses sinais aparecem de forma clara quando o indivíduo inicia atividades que exijam concentração.
Numa situação normal, o córtex pré-frontal eleva o nível de atividade para desempenhar as tarefas e os neurônios pulsam mais rápido. No indivíduo com TDAH, essa elevação não se dá de forma satisfatória.
Essa hipoativação é decorrente da ação disfuncional dos neurotransmissores, que são responsáveis por levar energia e ativar os neurônios.
Tratamento
O tratamento é uma combinação de abordagens diversas, que podem até incluir medicamentos. Não obstante, como a origem do déficit de atenção está bastante ligada a hábitos e condições ambientais, sobretudo familiares, são recomendados tratamentos não medicamentosos, como coaching, ginástica cerebral e psicoterapia.
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