TDAH em adultos

TDAH em adultos: tudo o que você precisa saber

O TDAH, transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, é um transtorno do neurodesenvolvimento. Está diretamente ligado a alterações de início precoce no desenvolvimento, que podem cursar com déficits no funcionamento pessoal, social, acadêmico ou profissional. 

De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção – ABDA, o número de casos de TDAH supera a casa dos 2 milhões. Você já ouviu falar a respeito dessa condição? Conhece as alternativas mais eficazes de tratamento? Caso não, recomendamos a leitura deste post. A seguir, responderemos a essas e muitas outras dúvidas.

O que é TDAH?

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida.

Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.

Diferentemente do que muitos imaginam, o TDAH existe e é, inclusive, reconhecido pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Além disso, nos Estados Unidos, os pacientes são protegidos por lei.

Além disso, não é apenas um problema de crianças e adolescentes. Algumas estimativas apontam que cerca de 2.5 a 3,4% da população adulta ao redor do globo possui TDAH. Em alguns casos, ele persiste da infância até a vida adulta.

Ainda, pessoas com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade na idade adulta podem se deparar com problemas que prejudicam sua qualidade de vida e a rotina de maneira geral. 

Isso porque sinais como dificuldade para se concentrar e ter atenção, falta de organização, tédio, inquietação e hiperatividade são bastante comuns num quadro de TDAH. E quem pensa que o transtorno afeta só crianças e adolescentes precisa também estar atento a sua ocorrência de TDAH em adultos.

Quais são os principais sintomas?

Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória, são inquietos, vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos. 

Ainda, eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São frequentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande frequência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Estudos apontam a predisposição genética e a ocorrência de alterações nos neurotransmissores (dopamina e noradrenalina) que estabelecem as conexões entre os neurônios na região frontal do cérebro como as principais causas do transtorno do déficit de atenção. 

Algumas pesquisas indicam que fatores ambientais e neurológicos podem estar envolvidos, mas ainda não há consenso sobre o assunto.

Quais são as causas?

O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade é causado pela combinação entre fatores genéticos, ambientais e alterações no cérebro. Além disso, existem alguns fatores que aumentam as chances de desenvolver esse distúrbio. São eles:

  • histórico familiar de TDAH, sendo o risco cinco vezes maior;
  • ter diagnóstico de alterações na região frontal do cérebro;
  • baixo peso no nascimento gera um risco duas vezes maior;
  • histórico de abuso infantil;
  • negligência familiar;
  • exposição a neurotoxinas como o chumbo ou ao álcool durante a gravidez.

Qual o tratamento indicado para o quadro?

Como mencionado antes, é fundamental que o diagnóstico seja feito por um profissional. A identificação da condição é obtida por meio da avaliação minuciosa dos hábitos de vida da pessoa. 

Além disso, devem ser descartados outros transtornos psiquiátricos e problemas de saúde física. Depois disso, é determinado que tipo de tratamento será realizado: a prescrição de medicamentos e/ou a indicação de terapia; por exemplo, a terapia cognitivo-comportamental (TCC), recurso que pode ajudar os pacientes a viverem com mais qualidade.

O tratamento pode não incluir medicamentos, mas deve abordar, além do TDAH, outras comorbidades neuropsiquiátricas que podem seguir o TDAH, como transtorno afetivo bipolar; depressão; ansiedade; insônia e tendência a usar substâncias ilícitas.

Enfim, como você pode perceber, o TDAH é um distúrbio que precisa ser tratado ainda na infância. No entanto, pode acontecer de o paciente levar a doença até a fase adulta.. Então, caso suspeite de algo, procure a orientação de um especialista.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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