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TOC: alguns sinais para você ficar de olho

Você já deve ter ouvido falar nas “manias” de algumas pessoas. São atitudes comportamentais que controlam boa parte de seu tempo, de suas vidas, impedindo-as de trabalhar, de se relacionar, de sair de casa, de vestir-se como desejam e até de se comunicarem. São vítimas de um transtorno que lhes toma a vida.

Cerca de 8 milhões de brasileiros sofrem diariamente com o Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC). Trata-se de um distúrbio crônico, duradouro, que é representado por uma série de obsessões ou compulsões a alguma ideia firme ou atitude repetitiva.

Sinais

Dentre as obsessões (que são os pensamentos intrusivos incontroláveis) destacam-se o medo constante de contaminação; pensamentos indesejados de sexo, religião e violência, pensamentos de catástrofes que o levam na maioria das vezes à compulsões (que são atos realizados repetidamente) específicas.

Dentre as compulsões, as mais comuns são vontade de se higienizar constantemente ou lavar as mãos a todo instante (cuidados com a higiene excessivos); checagem constante de travas e fechaduras, fechando-as repetidas vezes; mania de manter seus pertences assimetricamente guardados e obedecendo a uma ordem própria de modo que a menor mudança pode causar uma guerra; mania de contar e fazer contas a todo o momento.

É verdade que muitas pessoas fazem boa parte destas atividades diariamente, e não se pode sair por aí classificando esta ou aquela pessoa como se tivesse TOC. As pessoas que padecem deste distúrbio gastam tempo excessivo nessas atividades (uma ou mais). Estas pessoas não sentem prazer, por exemplo, em limpar a casa. Elas o fazem por acreditarem que a casa está sempre suja, e por mais que limpem continuam achando que está “infectada”. Alguns sequer conseguem fazer a limpeza pois querem fazer tudo tão perfeito que se atentam aos pormenores e acabam não conseguindo terminar a tarefa. A mesma coisa com relação à Higiene Pessoal.

E quais são as causas?

As causas são desconhecidas. A medicina sabe que o problema acomete pessoas de todas as idades, geralmente a partir dos 19 anos. Acredita-se, porém, que alguns fatores possam desencadear tais distúrbios: por exemplo, a genética, estruturas e funcionamento do cérebro, além de fatores externos, como o ambiente ao qual a pessoa cresceu ou viveu por muito tempo.

O tratamento consiste em medicação específica, à base de antidepressivos e outros inibidores. A combinação de tratamento farmacológico com terapia cognitivo-comportamental é hoje o melhor tratamento.

Se você conhece uma pessoa assim, que padeça com este problema, procure ajudá-la, procure um médico psiquiatra! E se você também sentir qualquer desses sintomas, estou aqui pra lhe ajudar. Venha conversar!

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter, e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde.

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