transtorno bipolar

Transtorno bipolar: diagnóstico e tratamento

Conhecido como um distúrbio psiquiátrico complexo, o transtorno bipolar (ou também chamado de transtorno afetivo bipolar) tem como característica mais marcante a mudança súbita do paciente entre episódios de depressão e euforia.

As flutuações de humor geram reflexos graves no dia a dia da pessoa. Afinal, afeta o comportamento e as atitudes dos pacientes, além de colocar pessoas próximas em situações diversas por terem relacionamentos com pessoas bipolares.

Como é feito o diagnóstico do transtorno bipolar?

O diagnóstico realizado é clínico. Ou seja, baseado em relatos de histórias e sintomas pelo próprio paciente, familiares e amigos próximos. Por conta disso, leva cerca de dez anos para ser concluído, já que os sintomas podem ser confundidos com outras doenças como: síndrome do pânico, depressão maior, distúrbios de ansiedade e esquizofrenia.

Ao mesmo tempo, de acordo com manuais internacionais de classificação diagnóstica existe mais de um tipo de transtorno bipolar. Cada um deles possui suas particularidades e um médico especialista irá analisar e determinar qual se enquadra ao paciente, sendo eles: Tipo I, Tipo II, não especificado ou misto e, por fim, transtorno ciclotímico.

Por isso, é muito importante ter um médico de confiança que consiga identificar de forma segura – e completa – o quadro real do paciente, evitando tratamentos equivocados e que afetem negativamente a qualidade de vida da pessoa.

Tratamentos possíveis

Após o diagnóstico clínico e a identificação de sintomas (depressão, desinteresse, mania, euforia exuberante, hipomania e outras crises) é o momento de entender o melhor tratamento.

Precisamos lembrar que o distúrbio não tem cura, mas pode ser controlado.

O acompanhamento médico, tanto quanto a rede de apoio são o primeiro passo. Dependendo do tipo, evolução e gravidade, o uso de medicamentos indicados é variável. Geralmente é recomendado o uso de anticonvulsivantes, antipsicóticos, estabilizadores de humor e ansiolíticos.

Por consequência, o acompanhamento de psicólogos é muito importante no tratamento da bipolaridade. Não apenas para entender a evolução, mas também para oferecer suporte ao paciente para superar as dificuldades e entender melhor os seus momentos de crise.

Como lidar com uma pessoa bipolar?

Além do próprio paciente com transtorno bipolar, as pessoas próximas também estão suscetíveis às consequências das crises. Desse modo, existem algumas recomendações importantes para pacientes e acompanhantes:

● Siga o tratamento à risca: prevenir a instabilidade é o ponto mais crucial para evitar qualquer deslize no convívio social

● Entenda o processo: as medicações precisam ser ajustadas, e são as pessoas próximas, junto do paciente que identificam o que funciona ou não.

● Acompanhamento constante: se você está próximo de uma pessoa bipolar, deixe o canal aberto para ser uma rede de apoio e acompanhe o tratamento. Afinal, quando você tem ciência de como está uma pessoa, é muito mais fácil de lidar com o seu humor e diagnóstico.

Por fim, mantenha o dia a dia com leveza e atenção, tenha o contato de um profissional de confiança sempre e disponibilize um contato de emergência.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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