Lidar com mudanças inesperadas de comportamento pode ser um grande desafio para familiares, amigos e pacientes diagnosticados com transtorno bipolar. As alterações emocionais causadas pela alternância entre fases de extrema tristeza e euforia podem ser amenizadas pelo uso de medicamentos e tratamentos psicoterapêuticos. Algumas mudanças de hábitos e estratégias podem facilitar a vida de pessoas que sofrem com os sintomas dessa síndrome. Confira três dicas para quem sobre com o transtorno bipolar, a seguir.
Tenho transtorno bipolar: o que fazer?
1# Mantenha hábitos saudáveis
O uso de drogas ilícitas, a ingestão de bebidas alcoólicas e até de cafeína interferem, de forma negativa, no tratamento da doença. Isso porque tais substancias atuam no organismo como uma espécie de gatilho, favorecendo as alterações de humor. Por isso, é importante que o paciente evite beber ou fazer o uso de substâncias entorpecentes. Além disso, dormir bem e praticar atividades físicas regulares é essencial para amenizar os sintomas do transtorno bipolar.
2# Automonitoramento como estratégia de prevenção
O desafio de vivenciar uma montanha russa de emoções extremas fica bem mais fácil quando se tem o apoio de familiares e amigos. Porém, a adesão do paciente é decisiva no sucesso do tratamento. É preciso que a pessoa diagnosticada com a doença entenda os reflexos das alterações de humor e crie estratégias para enfrentar os períodos de depressão e mania. Entre as dicas está manter uma espécie de diário, com relatos detalhados das emoções. Assim, fica mais fácil identificar quando há mudanças bruscas de comportamento e, a partir daí, procurar auxílio médico – seja para a revisão ou prescrição de medicamentos, intensificação ou troca de linha terapêutica. Quanto antes as alterações no humor forem identificadas, menores são as chances de agravamento da condição do paciente.
3# Leve o tratamento a sério
Pacientes com transtorno bipolar podem amenizar os sintomas da doença de maneiras distintas. A melhor forma de tratamento deve ser indicada por um médico, por meio da análise individual do caso. Em algumas situações, há a indicação de medicamentos ansiolíticos e antidepressivos. Outros quadros podem ser tratados por meio da psicoterapia, com a realização de terapias individuais ou em grupo. Há casos em que é preciso combinar o uso de remédios e o acompanhamento psicoterapêutico. Entretanto, os sinais de melhora só serão observados quando o paciente seguir corretamente as orientações médicas. Os medicamentos, caso indicados pelo médico, devem ser ingeridos no período e quantidade prescritos. A interrupção do tratamento pode ocasionar em retrocessos no tratamento e agravamento dos sintomas. Também é preciso que o paciente faça o acompanhamento psicológico. Ter alguém com quem conversar auxilia na superação de períodos de crise e diminui as chances da manifestação de outras doenças associadas, como hipertensão, doenças de pele e alterações no sono. O terapeuta também é fundamental para o monitoramento do transtorno e, por meio do acompanhamento periódico, consegue identificar situações atípicas e agir com rapidez. Está seguindo à risca o tratamento, cultiva hábitos saudáveis e pratica o autocuidado e, mesmo assim, os sintomas do transtorno bipolar persistem? Não hesite em pedir a ajuda de familiares e amigos e consulte o seu médico de confiança. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em Lucas do Rio Verde!