transtorno de escoriação

Transtorno de escoriação: sintomas, causas e tratamentos

Há uma forte relação entre doenças de pele e distúrbios emocionais. Você já ouviu falar em dermatilomania? Essa condição, também chamada de transtorno de escoriação, é muito comum e está frequentemente relacionada com a depressão e com os transtornos de ansiedade.

Você já ouviu falar nessa patologia? Caso não, recomendamos a leitura deste post. Neste texto, falaremos sobre os sintomas, causas e possíveis tratamentos para essa condição.

O que é o transtorno de escoriação?

Trata-se de uma desordem caracterizada pelo comportamento compulsivo e repetitivo do paciente, que está constantemente causando lesões em sua própria pele. Essas escoriações podem ser feitas tanto no tecido saudável quanto em cascas ou marcas de feridas, manchas, espinhas e pequenas calosidades.

Ainda, o transtorno de escoriação aparece no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) como um transtorno obsessivo-compulsivo. Isso significa que o paciente tem a necessidade incontrolável de se machucar.

Quais os sintomas?

Um indivíduo com dermatilomania está sempre buscando uma forma de incomodar a própria pele, podendo ser um ato automático ou consciente e sem controle. Neste sentido, os sintomas mais comuns são:

  • fixação em cutucar a própria pele: o paciente procura por qualquer tipo de imperfeição na pele para cutucar, desde um simples sinal até uma espinha;
  • feridas que não cicatrizam: como está sempre removendo as cascas de feridas, elas demoram a sarar;
  • hábito de roer as unhas, arrancar o cabelo ou de mastigar a própria bochecha;
  • belisca a pele com frequência;
  • não usa roupas curtas;
  • vergonha de buscar ajuda.

Como é causado?

A principal explicação para a causa do transtorno de escoriação é o quadro de ansiedade. O paciente encontra no ato de se machucar o mecanismo para descarregar o desconforto causado por esse incômodo.

Quando ocorre em adolescentes, a mudança hormonal é uma possível causa. Nesses quadros, a transição para a fase adulta pode resolver o problema. Ademais, alterações psicológicas ou neurológicas também influenciam no desenvolvimento da doença.

Ainda, pessoas com baixa autoestima, depressão ou transtorno obsessivo-compulsivo estão mais suscetíveis a desenvolver a dermatilomania.

Existe tratamento?

Embora pareça algo inofensivo no início ou uma simples mania, estamos falando de um transtorno psiquiátrico que pode acarretar graves lesões. Por isso, o paciente precisa buscar auxílio de um profissional de saúde.

Ainda, o tratamento do transtorno de escoriação envolve o trabalho de psicólogos e psiquiatras e se dá, principalmente, pelo uso da psicoterapia. A terapia cognitivo-comportamental é a abordagem mais efetiva nesses casos.

Ademais, nesse método de intervenção, as técnicas são aplicadas para monitorar a relação entre estado emocional, resposta comportamental e pensamentos automáticos. Além disso, a terapia ensina o paciente a lidar com as emoções de modo que interrompa a escoriação.

Somado ao tratamento com especialistas em saúde mental, o paciente também precisa se consultar com um dermatologista a fim de tratar as possíveis lesões causadas pelo transtorno.

Portanto, após a leitura deste post, você conheceu um pouco mais sobre o transtorno de escoriação. Caso identifique esse comportamento em algum amigo ou familiar, converse e oriente-o sobre a necessidade de procurar ajuda médica.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde!

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