Você, com certeza, tem ouvido muito falar sobre o transtorno do pânico em jovens adultos e em pessoas de mais idade. É importante, porém, que falemos também sobre o fato de que esse distúrbio pode acontecer também em crianças e adolescentes.
Neste artigo, falaremos um pouco sobre o que caracteriza essa enfermidade, os seus sintomas e as formas de tratamento disponíveis neste momento.
O que é transtorno do pânico?
Caracteriza-se por ataques de pânico que ocorrem com regularidade (pelo menos uma vez por semana).
Ataques de pânico são episódios de medo incontrolável, geralmente breves (cerca de vinte ou trinta minutos), que podem ser acompanhados de dor no peito, transpiração excessiva, dificuldade de respiração e aceleração cardíaca.
Além disso, podem vir acompanhados de tremor, desmaios, náusea, vômito e diarréia.
Como alguém desenvolve síndrome do pânico?
É difícil determinar a causa. Acredita-se que a genética influencia o desenvolvimento do transtorno do pânico, mas sabe-se que não é a única razão para que ele aconteça.
Estresse, traumas, dificuldades no seio familiar, perda de pessoas próximas, modificações abruptas na rotina e na vida de uma pessoa podem desencadear sentimentos e processos que culminam no desenvolvimento de uma enfermidade maior.
No caso de crianças e adolescentes, especificamente, alguns parênteses são necessários. A síndrome do pânico é mais comum entre pessoas que estão na puberdade do que entre crianças menores, mas pode atingir mesmo os mais novos.
Os menores podem ter ataques de pânico frequentes quando apresentam ansiedade de separação, agorafobia (medo de ficar preso em locais sem possibilidade de escapatória) ou ansiedade generalizada.
A saúde familiar é primordial. Se a criança é submetida a situações violentas, se vê constantemente brigas e ameaças ou se sente invadida de alguma forma, ela pode apresentar sintomas de ansiedade. Estes, por fim, podem evoluir para um quadro maior.
Síndrome do pânico na adolescência
No caso dos adolescentes, a transformação hormonal, o medo do futuro e a ansiedade – bastante alimentada pela tecnologia e pelas demandas sociais – podem ser fatores para o desenvolvimento de problemas de ordem mental diversos.
É importante entender que a síndrome do pânico não prejudica apenas a saúde psicológica de uma criança ou adolescente. Ela reflete nos estudos, na capacidade de concentração, nas relações entre amigos e família e na própria autoestima..
Não é raro que indivíduos que apresentam crises de pânico com certa regularidade, comecem a se isolar, procurando maneiras de se afastar do convívio dos demais e, às vezes, desistam de locais compartilhados ou com muitas pessoas. Na adolescência, isso pode tornar o jovem suscetível a ideações suicidas e ao abandono da escola.
Qual é o tratamento indicado?
Depende muito do caso.
A enfermidade normalmente está associada a uma série de fatores que precisam ser vistos, reconhecidos e melhorados. Para tal, é necessário que um médico especialista avalie o indivíduo e, após ouvir as suas queixas, proponha um tratamento eficaz para o transtorno de pânico.
Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como psiquiatra em Lucas do Rio Verde.
