O transtorno esquizo-afetivo provoca episódios de esquizofrenia e de transtorno de humor de modo simultâneo ou alternado com as distorções de percepção. Ou seja, a pessoa vivencia um conjunto de sintomas da esquizofrenia, como alucinações e delírios, além de sintomas do transtorno de humor. Esta doença afeta a capacidade cognitiva e emotiva, como o pensamento, assimilação, memória, tomada de decisão e resolução de problemas. A pessoa pode ainda sofrer episódios de alucinações auditivas, delírios, paranoia e disfunção social e profissional. A maioria dos pacientes apresentam os sintomas na fase adulta e são raras as ocorrências em crianças. Este transtorno não possui causa específica. Alguns estudos sugerem um desequilíbrio dos neurotransmissores serotonina e dopamina no cérebro, além de fatores biológicos e ambientais, que aumentam ou reduzem a chance de desenvolvimento da doença.
Quais são os sintomas do transtorno esquizo-afetivo?
O paciente apresentará sintomas psicóticos, incluindo alucinações, pensamentos confusos, depressão e perturbação do humor. Seu comportamento antissocial pode deixá-lo excluído da sociedade e da família. Porém, os sintomas variam de acordo com cada paciente. Em geral, a pessoa vai passar por fases de gravidade dos sintomas. Em suma, os sinais e sintomas de um indivíduo com o transtorno, incluem:
- Delírios;
- Pensamentos paranoides;
- Transtornos obsessivos-compulsivos (TOC);
- Irritabilidade;
- Deficit de atenção;
- Comportamento catatônico;
- Desleixo com a aparência física e higiene pessoal;
- Problemas de memória;
- Insônia.
Quais são os fatores de risco?
Alguns fatores de risco podem contribuir para o desenvolvimento do distúrbio. Dentre os mais comuns, destacamos a genética, idade parental, histórico de esquizofrenia ou transtorno de humor na família. A Idade influencia no tipo de desordem. Enquanto os mais velhos apresentam o transtorno do tipo depressivo, os mais jovens tendem a apresentar o tipo bipolar.
Diagnóstico do transtorno esquizo-afetivo
O diagnóstico é baseado em relatados do paciente e de sua família. Há uma lista de critérios que precisam estar presentes, de acordo com a duração dos sinais e sintomas. Os critérios são preconizados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria. O diagnóstico deve ser definido após a exclusão dos efeitos de medicamentos, condição médica geral ou doenças associadas, como síndrome de Cushing, epilepsia do lobo temporal, abuso de álcool ou drogas e síndrome metabólica. Não existem testes biológicos para confirmar o transtorno esquizo-afetivo, mas eles são úteis para descartar outras condições médicas.
Quais são os tratamentos disponíveis?
O tratamento para o transtorno é feito com uma combinação de medicamentos e intervenções psiquiátricas. A dose e a classe dos remédios dependerão de alguns fatores, como a gravidade dos sintomas e qual o tipo de transtorno apresentado, se depressivo ou bipolar. Os medicamentos podem ser utilizados separados ou associados, e incluem:
Antipsicóticos
Ou neurolépticos, utilizados para aliviar os sintomas psicóticos, como alucinações, paranoia e delírios.
Estabilizadores de humor
Suavizam a inconstância do transtorno bipolar.
Antidepressivos
Atuam contra os sintomas da tristeza, melancolia, desmotivação e insônia. O transtorno esquizo-afetivo pode causar sofrimento para o paciente e a família, caso não seja diagnosticado corretamente. O relato fidedigno dos sintomas proporcionam um prognóstico melhor e sucesso no tratamento. Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como
psiquiatra em Lucas do Rio Verde!